A pandemia de Covid-19 causou mais de dois milhões e meio de mortes, ou seja, 16% a mais do que a expectativa para 2020 e a primeira metade de 2021. Isso em 43 países. Essas informações estão no estudo divulgado pela OCDE, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.
Outra consequência da covid foi a redução da expectativa de vida, em 24 de 30 países. O destaque ficou com os Estados Unidos e Espanha, com cerca de um ano e meio a menos de vida em média.
O relatório também chama a atenção para o retorno ao estado normal, em casos de covid prolongada. No Reino Unido, por exemplo, essa situação afetou um milhão e 100 mil pessoas, ou 1,7% da população. Nos Estados Unidos, 37% dos pacientes apresentaram pelo menos um sintoma de COVID, por 4 a 6 meses após o diagnóstico.
Com a doença, os gastos com saúde aumentaram dramaticamente em muitos países, especialmente na Europa. No Reino Unido, as despesas com saúde, em porcentagem do PIB, o Produto Interno Bruto, aumentaram de 10,2%, em 2019 para 12,8% em 2020. E na Eslovênia, o aumento no período foi de 8,5% para mais de 10%.
Entre os países analisados, mais de 90% das mortes por COVID-19 acontecem em pessoas com 60 anos ou mais, afetando principalmente as populações mais pobres, minorias étnicas e imigrantes. Também foi apontado que o tabagismo, o consumo elevado de álcool e a obesidade aumentam o risco de morte por COVID-19.
Sobre as consequências da pandemia no equilíbrio mental, foi detectado que casos de ansiedade e depressão dobraram em relação aos níveis pré-covid na maioria dos países com dados disponíveis, especialmente nos Estados Unidos, México e Reino Unido.
Já a vacinação reduziu as internações hospitalares em mais de 90%, entre as pessoas totalmente imunizadas.