As infecções pela variante Ômicron foram responsáveis pela maior curva de casos da Covid no estado do Rio de Janeiro, desde o início da pandemia. No mesmo período, foi registrada a menor incidência de internações e de mortalidade em relação às outras variantes do coronavírus.
É o que conclui a Secretaria Estadual de Saúde sobre a evolução da pandemia, com base em estudo que avaliou o comportamento de cada uma das cinco ondas da doença que o Rio de Janeiro enfrentou. E apontou que o quadro atual retorna aos números mais baixos de casos e mortes.
O secretário Alexandre Chieppe aponta a ampliação da cobertura vacinal com um fator importante desse resultado. Na 1ª onda da Covid, ocorrida entre os meses de abril e maio de 2020, a predominância foi da cepa inicial, que chegou ao Brasil. A 2ª onda, nos meses de novembro de 2020 a janeiro de 2021, os testes apontavam em maioria a variante Zeta.
A onda que veio a seguir, a partir de fevereiro de 2021, foi provocada pela cepa Gama, que chegou ao estado após ser detectada primeiro em Manaus, de onde se espalhou para o restante do país. Ela foi a que registrou maior duração, ocorrendo até meados de junho, e também a maior incidência de síndrome respiratória aguda grave e de mortalidade.
Em agosto de 2021, o Rio de Janeiro viveu mais uma onda de Covid, com a chegada da variante Delta, descoberta alguns meses depois do início da campanha de vacinação e que se mostrou menos transmissível que as outras. A quinta e última onda da doença foi a da Ômicron.
Até o momento, o estado registrou mais de 71 mil mortes pela Covid desde março de 2020.