A nova variante da covid-19, monitorada pela Organização Mundial da Saúde, ainda não modificou o cenário epidemiológico no Brasil.
Essa é a avaliação da Sociedade Brasileira de Infectologia em nota divulgada após a OMS emitir um comunicado. Segundo o presidente da SBI, Alberto Chebabo, não há necessidade de mudança nas recomendações que se tem atualmente para controle da doença no país.
A nota da SBI destaca que a nova variante ainda não foi detectada no Brasil, mas pode já estar circulando de forma silenciosa, devido ao baixo índice de coleta e análise genômica. De acordo com Alberto Chebabo, é esperado um aumento de casos nas próximas semanas.
A SBI também recomendou às autoridades de saúde a adoção de medidas para aumentar a coleta de testes diagnósticos e a vigilância genômica dos casos sintomáticos de covid para detecção precoce de mudança no cenário epidemiológico
A subvariante EG.5 já foi registrada em 51 países e foi classificada como variante de interesse pela OMS por apresentar mutações que conferem maior capacidade de transmissão e de escape imune.
Segundo Felipe Naveca, virologista da Fiocruz, desde a ômicron não se tem registro de outra variante de preocupação, que são as que oferecem maior risco de provocar casos graves. O especialista ressaltou, no entanto, a importância do aumento da vigilância.
Nesta quinta-feira (17), a UFRJ divulgou nota recomendando a retomada do uso de máscaras em aglomerações e ambientes fechados na universidade, como prevenção contra a covid-19. As orientações, segundo a nota, se devem principalmente à preocupação com uma nova onda global de covid. A UFRJ destacou que foram registrados cerca de 1,5 milhão de novos casos da doença no mundo entre 10 de julho e 6 de agosto, de acordo com a OMS. E que também houve um aumento de resultados positivos no centro de testagem da universidade.