Quinze mil famílias em todo o país vão receber a visita de técnicos de quatro universidades federais e uma estadual para avaliar as práticas de aleitamento materno, os hábitos alimentares, o peso, a altura e a deficiência de vitaminas e minerais em crianças brasileiras de até 6 anos e suas mães.
Elaborado pelo Ministério da Saúde, esta é a segunda edição do ENANI, o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil, que vai produzir um retrato atualizado da nutrição infantil no país
Segundo o coordenador nacional da pesquisa domiciliar, Gilberto Kac, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, um dos objetivos é conhecer o cenário depois da pandemia de covid-19. Ele enfatiza que a perda imediata de renda e a interrupção ou redução do acesso a serviços de saúde durante a pandemia afetaram diretamente o estado nutricional das crianças.
Já a coordenadora geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Kelly Alves, ressalta a importância do estudo na atualização das evidências científicas sobre saúde e nutrição da população infantil.
A pesquisa vai a campo a partir de 29 de abril e terá cinco ondas de coleta de dados. Serão 273 entrevistadores, em 124 municípios. As primeiras visitas domiciliares serão realizadas em municípios do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Rondônia, Tocantins, Acre, Amazonas e Amapá. Depois, o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil seguirá para os outros estados.
Além da UFRJ, participam a Universidade do Estado do Rio de Janeiro e as federais do Pará, Paraná e Goiás.