A Ministra da Saúde, Nísia Trindade, divulgou nesta quarta-feira (3) na rede social X, antigo Twitter, que o governo federal vai ampliar a vacina contra HPV, o papilomavírus humano.
Pessoas de 15 a 45 anos que usam profilaxia pré-exposição ao HIV, ou seja, tomam comprimidos antes da relação sexual que permitem ao organismo estar preparado para enfrentar o contato com o vírus, poderão agora se vacinar contra o HPV.
De acordo com a ministra, esse é mais um importante passo para prevenir a doença e cânceres associados a ela.
O assistente social, psicólogo e sanitarista Marco José Duarte ressalta a relevância da medida.
“É uma assertiva do Ministério da Saúde na política de humanização, no sentido de garantir proteção e acolhimento às pessoas que são muito mais vulnerabilizadas para o HIV, e também para o HPV”.
Mas o especialista espera também que novos grupos recebam a vacina em breve.
“Espero que também, no máximo daqui há um ano, que haja outras coberturas também”.
Em abril deste ano, o Ministério da Saúde mudou a estratégia de vacinação contra o HPV adotando dose única para o público-alvo, formado por meninas e meninos de 9 a 14 anos. O objetivo é protegê-los antes da exposição ao vírus.
A vacina também é distribuída gratuitamente pelo SUS e é indicada para vítimas de abuso sexual; mulheres e homens que vivem com HIV; transplantados e pacientes oncológicos.
O HPV está associado ao desenvolvimento da quase totalidade dos cânceres de colo de útero, além de diversos outros tumores em homens e mulheres. A infecção não apresenta sintomas na maioria das pessoas.
A diminuição da resistência do organismo pode desencadear a multiplicação do HPV e, assim, provocar o aparecimento de lesões. A vacina é a medida mais eficaz de prevenção contra a infecção.