O ministro da Justiça e segurança pública, delegado Anderson Torres participou de audiência pública, nessa quarta-feira, na Comissão de Direitos Humanos e Minorias na Câmara dos Deputados. Por cerca de quatro horas, ele respondeu a questionamentos sobre as ações da Polícia Rodoviária Federal no caso que culminou na morte de Genivaldo de Jesus Santos.
O deputado Bira do Pindaré, do PSB do Maranhão, perguntou o motivo de os agentes envolvidos no caso não terem sido presos em flagrante. Já a deputada Talíria Petrone, do PSOL do Rio de Janeiro, questionou a extinção da comissão de direitos humanos vinculada a Polícia Rodoviária Federal e porquê a carga horária sobre direitos humanos foi retirada do curso de formação de novos agentes.
O ministro Anderson Torres disse que o crime é um caso grave e lamentável e que todas as medidas legais foram adotadas.
Pela base do governo, o deputado Felipe Francischini do partido União do Paraná classificou o episódio como um caso isolado.
O caso que culminou na morte de Genivaldo de Jesus Santos ocorreu em 25 de maio, na cidade de Umabaúba, em Sergipe. Genivaldo morreu, na BR-101 após abordagem de dois policiais rodoviários federais. Segundo o Instituto Médico Legal do estado, a vítima morreu de insuficiência aguda secundária a asfixia.
Imagens veiculadas na internet mostram Genivaldo Santos preso dentro de uma viatura esfumaçada. O homem se debate com as pernas para fora enquanto um policial rodoviário mantém a tampa do porta-malas abaixada, impedindo a vítima de sair. Genilvado teria sido abordado pelos agentes por pilotar uma moto sem capacete.