Robovid-19 criado pela UFF tira dúvidas sobre novo coronavírus
O Grupo de Pesquisa Estudos sobre Vivência e Integralidade Dedicadas à Enfermagem, Criança, Infância, Adolescentes e Recém-nascidos (Evidenciar), vinculado ao curso de graduação em enfermagem do Polo da Universidade Federal Fluminense de Rio das Ostras (Puro/UFF), estado do Rio de Janeiro, desenvolveu um canal de comunicação digital batizado Robovid-19, cujo objetivo é tirar dúvidas da população sobre o novo coronavírus.
Segundo disse hoje (1º) à Agência Brasil a professora Aline Cerqueira Santos Santana da Silva, coordenadora do trabalho, a ferramenta possibilita que as pessoas tenham acesso a informações confiáveis sobre a pandemia da covid-19. Para responer as dúvidas da população, foi feito um levantamento em bases de dados existentes sobre a doença, além de acompanhar a liberação de documentos, diretrizes e normas liberadas tanto em âmbito internacional, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como interno, pelo Ministério da Saúde. “Porque são os órgãos considerados competentes de saúde no Brasil e no mundo, para a liberalização de informações confiáveis e seguras”.
O grupo acompanhou também páginas do ministério e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), que são atualizadas diariamente, com dúvidas vinculadas à pandemia, além de números sobre casos confirmados e óbitos. Em contato ainda com a população, o grupo pôde enriquecer o trabalho. As notícias veiculadas pela imprensa também alimentaram a ferramenta.
A ferramenta Robovid foi criada, segundo Aline, pensando na responsabilidade que a universidade tem diante da população do seu entorno de informar, orientar, conscientizar, em termos de educação em saúde. Para tirar dúvidas relacionadas ao novo coronavírus, basta pesquisar manualmente na lupa do Facebook ou do Telegram e lá digitar a dúvida.
Evidências
Aline explicou que como a doença ainda está sendo estudada, novas evidências estão a todo momento sendo publicadas. “Então, a gente tem o compromisso de atualizar isso”. Recordou que logo no aparecimento dos primeiros casos no Brasil, o uso de máscaras foi reservado apenas para os profissionais de saúde. Com o decorrer do tempo, observou-se que as pessoas assintomáticas também transmitiam o vírus. A máscara passou, então, a ser um recurso indicado para uso geral pelo Ministério da Saúde.
“Esse é um exemplo. São coisas que antes foram pautadas de uma maneira e depois foram reformuladas. Estamos vivendo um momento novo dentro da medicina com essa doença e, ao mesmo tempo em que ela está acometendo as pessoas, a gente está descobrindo coisas sobre ela. Daí a necessidade de, de 15 em 15 dias, voltar e reformular, atualizar as perguntas que já constam na plataforma e incluir novas possíveis dúvidas”.
O dispositivo foi criado como auxílio das docentes da UFF Fernanda Garcia Bezerra Góes, Virgínia Maria de Azevedo Oliveira Knupp, Maithe de Carvalho e Lemos Goulart, Fernanda Maria Vieira Pereira Ávila, e pelas alunas Layanne Fonseca Pinto, Michelly Crystinne Souza Bonifácio e Yasminn Canella Cabral Banjar Coelho. O grupo de pesquisas do Puro/UFF é cadastrado no diretório do Grupo de Pesquisas do Brasil, que é o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), informou a professora Aline Santana da Silva.
Além do grupo da UFF, duas docentes, Ana Cristina de Oliveira e Silva, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), e Marluce Andrade Conceição Stipp, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), participam da iniciativa.