Ministra nega aumento da desigualdade entre homens e mulheres
A ministra de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, contestou hoje (29) dados do relatório do Fórum Econômico Mundial sobre desigualdade de gênero. Segundo o documento, o Brasil caiu nove posições no ranking que avalia as diferenças entre homens e mulheres em todo o mundo.
Em nota, a ministra contestou o relatório, que diz que o Brasil não avançou no quesito participação política das mulheres. De acordo com Eleonora Menicucci, nos últimos quatro anos, 11 mulheres assumiram cargos de ministra.
“Com relação à Presidência da República, salta aos olhos a magnitude desse avanço: tivemos não só a primeira mulher eleita presidenta, como, exatamente agora, a primeira mulher presidenta reeleita. Isso é inquestionável pela força simbólica, que rompe com a cultura patriarcal”, acrescentou a ministra.
O país ainda não chegou ao patamar necessário, disse ela, lembrando a baixa presença de mulheres no Congresso Nacional. “Por isso, mais do que nunca, é urgente o Brasil realizar uma reforma política, que contemple inclusive a paridade de gênero nas listas de candidaturas.”
Sobre a situação das mulheres no mercado de trabalho, Eleonora Menicucci ressaltou que, no ano passado, o crescimento dos empregos formais foi maior para as mulheres e que o rendimento médio delas apresentou elevação superior. A ministra reconheceu, porém, que ainda existe discriminação que contribui para manter os ganhos das mulheres abaixo dos dos homens quando ocupam a mesma função. Segundo ela, as políticas públicas de fortalecimento do salário mínimo também favorecem as trabalhadoras do país.
Quanto às questões de saúde e educação, a ministra disse que o estudo do Fórum Econômico Mundial reconhece os esforços que o país tem feito para que as desigualdades sejam rompidas. Segundo o Fórum Econômico Mundial, o Brasil está entre os países que encerraram a diferença entre gêneros nos quesitos educação e saúde, mas não diminuíram as desigualdades relativas à participação econômica nem à capacitação política.