Projeto gratuito do Sesi-SP estimula público a conhecer música clássica
Nos domingos de maio, sempre ao meio-dia, grupos e artistas de música clássica sobem ao palco do Teatro do Serviço Social da Indústria (Sesi), na Avenida Paulista. Trata-se do Música em Cena, projeto cultural que existe desde 1999, um ano depois da inauguração do Centro Cultural Ruth Cardoso, da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp).
“O projeto foi desenhado para incentivar e reconhecer artistas e grupos da música erudita instrumental, tanto brasileira quanto internacional. São várias formações, desde solo, duo, trio ou até orquestras”, explicou Alexandra Miamoto, gerente cultural do Sesi São Paulo. Por ano, ocorrem cerca de 30 apresentações, todas gratuitas.
Os músicos são selecionados por edital. De acordo com Alexandra, esta é uma forma de contemplar também artistas não consagrados. Neste domingo (17), o projeto receberá o pianista Caio Pagano. Após longa ausência dos palcos brasileiros, ele retorna para apresentar o recital inédito no Brasil do CD Remembrance, que foi lançado em 2014 nos Estados Unidos. O repertório é composto por obras de Frédéric Chopin e Heitor Villa-Lobos, entre outros.
No dia 24, o palco será de Dimos Goudaroulis e Guilherme de Camargo com a sonoridade de violoncelos e cordas dedilhadas. A dupla, segundo Alexandra, dedica-se à pesquisa e interpretação de composições dos séculos 17 e 18. Eles tocam instrumentos raros como o violoncelo barroco, alaúde e guitarra barroca.
Para fechar o mês, no domingo dia 31, Ana Valéria Poles e Dana Radu apresentam o repertório do CD Por Toda Minha Vida. Formado em 2009, o duo da pianista Dana Radu e da contrabaixista Ana Valéria oferece ao público peças pouco executadas, como as do compositor Henrique Oswald.
Todas as apresentações são gratuitas, mas é preciso retirar ingresso na bilheteria uma hora antes do início do espetáculo. Também é possível fazer reservas pela internet no site do teatro. "A nossa ideia é trazer essas pessoas, que gostam do trabalho, que já acompanham concertos de música clássica, mas também formar novos públicos”, destacou Alexandra Miamoto.