CineSesc em São Paulo abre hoje quarta edição da Mostra Tiradentes
Começa hoje (17) na capital paulista a quarta edição da Mostra Tiradentes SP, que exibirá todos os filmes vencedores da edição mineira de 2016, com obras de diretores brasileiros em destaque na cena atual, além de uma programação dedicada ao trabalho do cineasta Andrea Tonacci. Serão apresentados 37 filmes, sendo 20 longas, 16 curtas e um média. Serão 25 sessões no CineSesc, na Rua Augusta, 2075.
A abertura será às 20h e terá entrada gratuita. Os ingressos poderão ser retirados com uma hora de antecedência no CineSesc. As outras sessões seguem até o dia 23 de março e terão ingressos a preços populares: R$ 3,50 para associados Sesc (com apresentação da carteirinha plena), R$ 6 (meia-entrada) e R$ 12 (inteira).
A mostra já foi feita 19 vezes em Minas Gerais e é considerada a maior plataforma de lançamento de cinema autoral. Em São Paulo, além das sessões, haverá oficinas e um debate conceitual. A edição paulista vem com o tema escolhido para a 19ª edição em Minas Gerais - Espaços em Conflito no Cinema Brasileiro.
Segundo a organização, este ano a mostra lembrou os dez anos da primeira exibição do filme Serras da Desordem, longa-metragem que se tornou uma das principais referências de mudança de paradigmas no olhar estético e na maneira de fazer cinema brasileiro independente e de autor. O filme também deu visibilidade ao cineasta ítalo-brasileiro Andrea Tonacci. Também serão exibidos seus filmes Bang Bang e o média Já visto, jamais visto.
A Mostra Aurora é dedicada à exibição de longas de diretores em início de carreira, mas que tenham até três trabalhos realizados. Serão sete filmes inéditos. Eleito pelo Júri da Crítica Melhor Filme da Mostra Aurora, Jovens infelizes ou um homem que grita não é um urso que dança (SP), de Thiago B. Mendonça, abre o evento. Os outros seis filmes serão exibidos ao longo da programação: Animal Político (PE), de Tião; Aracati (RJ), de Aline Portugal e Julia De Simone; Banco Imobiliário (SP), de Miguel Antunes Ramos; Filme de Aborto (SP), de Lincoln Péricles; Índios Zoró – antes, agora e depois? (PE), de Luiz Paulino dos Santos; e TaegoAwa (GO), de Marcela Borela e Henrique Borela.
A mostra também exibirá pré-estreias nacionais e internacionais. Na programação, estão Fome, de Cristiano Burlan, e Estamos vivos, de Filipe Codeço, inéditos em São Paulo; e O que eu poderia ser se eu fosse, de Bruno Jorge, em pré-estreia mundial.
A Mostra Espaços em Conflito apresenta filmes centrados em personagens cujos conflitos estão associados ao espaço onde vivem. Serão nove longas: Santo Daime – império da floresta (PE), Invasores (SP), Urutau (RJ), O que eu poderia ser se eu fosse (SP), Clarisse ou alguma coisa sobre nós dois (CE), Fome (SP), Estamos vivos (RJ), A noite escura da alma (BA) e Tropykaos (BA), ganhador de melhor longa eleito pelo Júri Jovem. Também integram a programação os curtas O Castelo (SP), Enquadro (SP), Parte do inferno (SP), Território (SP) e Chutes (SP).
Na Mostra Foco serão privilegiados filmes inéditos e ainda não legitimados: Noite escura de são nunca, produção do Rio de Janeiro, que tem direção do carioca Samuel Lobo e o curta que ganhou o Prêmio Aquisição do Canal Brasil, Eclipse Solar (ES), de Rodrigo de Oliveira.
Entre os filmes premiados pelo juri popular em Tiradentes terão destaque: o curta Madrepérola (RS), de Deise Hauenstein, e o longa Geraldinos (RJ), de Pedro Asbeg e Renato Martins.