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Dia do Choro celebra 120 anos de Pixinguinha e 100 anos de Carinhoso

Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 23/04/2017 - 11:56
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro - Trem do Choro parte da Estação Central do Brasil com músicos e amantes do ritmo, em comemoração ao Dia Nacional do Choro e aos 120 anos de Pixinguinha e 100 anos de Carinhoso (Tânia Rêgo/Agência Brasil)
© Tânia Rêgo/Agência Brasil
Rio de Janeiro - Trem do Choro parte da Estação Central do Brasil com músicos e amantes do ritmo, em comemoração ao Dia Nacional do Choro e aos 120 anos de Pixinguinha e 100 anos de Carinhoso (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Trem do Choro parte da Estação Central do Brasil com músicos e amantes do ritmo Tânia Rêgo/Agência Brasil

Os cariocas comemoram hoje (23) o Dia Nacional do Choro com várias atividades pela cidade do Rio de Janeiro. Neste ano, serão feitas homenagens ao compositor Alfredo da Rocha Vianna, o Pixinguinha, que completaria hoje 120 anos, e ao centenário de sua mais famosa canção, Carinhoso, composta em parceria com Braguinha.

Por volta das 11h, partiu da Estação Central do Brasil o Trem do Choro, evento que reúne vários músicos e amantes do ritmo, em uma viagem até as estações de Olaria e Penha Circular. Segundo o criador do projeto, Marcio Vinhas, a ideia do Trem do Choro, criado há seis anos, é unir os dois grandes polos do choro na cidade do Rio, o centro da cidade e o subúrbio carioca.

“Na verdade, o choro nasceu no século 19, na Cidade Nova (centro da cidade), onde se realizavam rodas de choro em botecos e bares. Só que, no subúrbio, o famoso Pixinguinha já realizava os fundos de quintais. Pixinguinha, para mim, é quase uma religião.”

Mestre Siqueira do Cavaquinho, de 80 anos, tocou com Pixinguinha no início da década de 1960. “Tive a felicidade de tocar e isso ficou marcado em toda a minha vida. E graças a ele, à amizade, à música, eu aprendi muitas coisas”, disse o músico.

Para o músico Marcel Nicolau, Pixinguinha é um dos grandes nomes da música mundial. “Pixinguinha é quase um semideus. Ele é uma daquelas pessoas que são poucas na humanidade e que, por algum motivo, nascem. É um dos nossos maiores maestros, apesar das pessoas só o conhecerem através do choro. Ele está dentro do nascimento do samba, do choro e da música instrumental brasileira.”

Depois de chegar à Estação Penha Circular, a festa continua pelas ruas do subúrbio. O evento será encerrado na Lona Cultural João Bosco, em Vista Alegre. Além do Trem do Choro, estão previstas várias atrações para hoje no Rio de Janeiro, principalmente à tarde. Haverá apresentações musicais no VLT (veículo leve sobre trilhos), nas barcas, na Praça XV, na Rua do Ouvidor e no Largo da Carioca.

Veja a programação no site da prefeitura do Rio