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Viradouro ganha título e volta ao grupo especial do carnaval do Rio de Janeiro

Cristina Indio do Brasil - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 14/02/2018 - 19:23
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro - Presidente da Viradouro Marcelo Callil comemora o anúncio da última nota que garantiu o título (Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil)

Presidente da Viradouro Marcelo Callil comemora o anúncio da última nota que garantiu o título Cristina Indio do Brasil/Agência Brasil

A escola de samba Unidos do Viradouro, de Niterói, é a campeã do grupo da Série A do Carnaval do Rio de Janeiro. Com o título, a agremiação ganha o direito de voltar a desfilar no grupo Especial em 2019. O segundo lugar ficou com a escola Unidos de Padre Miguel e o terceiro com a Unidos do Porto da Pedra.

Com o enredo Vira a cabeça, pira o coração! Loucos gênios da criação! , a escola decidiu falar das loucuras e das criações de grandes gênios da história que conseguiram deixar grandes legados como a energia e a aviação.  A Unidos de Padre Miguel teve como tema neste ano O Eldorado submerso: delírio tupi-parintintin, que levou para a Marquês de Sapucaí a cultura indígena.

Já a Porto da Pedra trouxe para avenida o enredo Rainhas do Radio - Nas ondas da Emoção, o Tigre coroa as divas da canção!, em homenagem às dez cantoras que foram eleitas Rainha do Rádio, em concurso que ganhou mais notoriedade quando começou a ser realizado pela Rádio Nacional.

O presidente da Viradouro, Marcelinho Calil, agradeceu a toda equipe da escola pelo título conquistado hoje (14). Ele disse que, mesmo quando apontavam a escola como favorita, sempre dizia que o que uma agremiação precisa é de muito trabalho. “Ano passado a escola passou por uma reestruturação, continuou trabalhando e foi para o desfile. Tenho certeza que emocionou e alegrou o público e essa é a função do samba e de todos nós de levarmos um grande espetáculo na Marques de Sapucaí”, disse.

Para o vice-presidente administrativo da Viradouro, Marcelo Calil Petrus, que já foi presidente da agremiação e é pai do atual dirigente, a vitória no Grupo da Série A, que permite a volta da escola ao Grupo Especial, é um sonho antigo e resultado de muito trabalho. “Felizmente a gente conseguiu e agora é comemorar. Foi um ano de trabalho árduo”, disse.

Porto da Pedra

O casal de mestre-sala e porta-bandeira da Porto da Pedra, de São Gonçalo, alcançou a pontuação máxima pelos jurados: 40 pontos. Para Rodrigo França e Cintya Santos, o resultado tem um significado especial: até o carnaval de 2018, eles foram, por cinco anos consecutivos, o segundo casal da escola. “Quarenta pontos na Série A , meu Deus do Céu, é muita emoção",  disse Rodrigo. “Eu não consigo falar. Estou muito feliz. Só tenho que agradecer a minha comunidade”, completou Cintya.

A cumplicidade deles vem de longe. Rodrigo e Cintya já dançam juntos há nove anos, desde o tempo em que aprederam a arte no projeto social da Porto da Pedra para a formação de casais de mestre-sala e porta-bandeira. “Somos cria da escola”, disse Rodrigo.

Agora, com a responsabilidade de alcançar boa pontuação em um quesito fundamental para qualquer escola, os dois tomaram a nova missão como um desafio. “A gente sempre deu o sangue ali pela comunidade e quando viramos o primeiro casal só triplicamos”, disse.

Insatisfeitos com a segunda colocação, os integrantes da Unidos de Padre Miguel não ficaram no sambórdromo para receber o troféu, que segundo a Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa) será entregue na quadra da escola.

*texto ampliado às 20h57 para acréscimo de informações