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Cultura

Grupo Ofá celebra conexão Brasil-África com show em Brasília

Apresentações passaram por São Paulo, Rio e Belo Horizonte
Ana Carolina Alli *
Publicado em 19/02/2025 - 17:43
Brasília
Brasília (DF), 19/02/2025 - Integrantes do Grupo Ofá, que encerra turnê Obatalá: Uma Conexão Salvador-África-Brasil. Foto: Israel Fagundes/Divulgação
© Israel Fagundes/Divulgação

A música afro-brasileira terá nesta quarta-feira (19) uma noite muito especial. O Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) recebe, em Brasília, o encerramento da turnê do Grupo Ofá, intitulada Obatalá: Uma Conexão Salvador-África-Brasil. 

A apresentação, com ingressos esgotados, passou pelos CCBB de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. O show conta com a participação da cantora baiana Irma Ferreira. 

O grupo Ofá, originário de Salvador, valoriza e preserva a cultura afrodiaspórica, com oficinas de percussão e dança, com o repertório em português e iorubá.

Em entrevista ao programa Espaço Arte, da Rádio Nacional, um dos fundadores do Ofá, o compositor, produtor, diretor musical e arranjador Yomar Asogbá disse que o grupo musical surgiu em uma conversa com um irmão de santo do Ilé Iyá Omi Àse Iyamasé, conhecido popularmente como Terreiro do Gantois.

“A gente já ouvia o trabalho dos antigos, de Vadinho, que foi um grande percussionista lá do candomblé, lá do Gantois. Então pensamos em fazer um trabalho também, fazer uma coisa nova, em 2000. Aí eu juntei com o Gamo, o Yuri também, e nós formamos esse grupo Ofá, com apoio de Flora Gil e Gilberto Gil. E nós gravamos aquele Odum Orim [álbum]. Foi aí que tudo começou”.

Formado por Iuri Passos, Luciana Baraúna e Yomar Asogbá, o grupo Ofá comenta a inspiração para seu novo álbum, intitulado Ìyá Àgbà Siré - o poder do sagrado feminino.

“É importante falar que esse disco é em homenagem às mulheres, às mulheres negras da Bahia, do Brasil, de todas as mães de santo do Brasil. É um disco que a gente sempre teve a vontade, e Luciana, junto com a Sobar, sempre reforçou a necessidade de fazermos um disco em homenagem a essas iabás, as ancestrais, as mulheres que conseguiram, assim como os babalorixás também, preservar o candomblé aqui no Brasil. Então é um disco em homenagem às mulheres e também às nossas senhoras das águas.”

* Estagiária sob supervisão de Marcelo Brandão