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Direitos Humanos

Dallari diz que CNV encerra atividades com convicção de empenho pela sociedade

Paulo Victor Chagas - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 16/12/2014 - 20:06
Brasília
Pedro Dallari, presidente da Comissão Nacional da Verdade, apresenta durante audiência pública, o resultado da análise pericial de restos mortais que podem ser Epaminondas Gomes de Oliveira (José Cruz/Agência Brasil)

Comissão  da  Verdade  cumpriu  objetivos  para  os quais foi criada, diz Dallari José Cruz/Agência Brasil

A Comissão Nacional da Verdade (CNV) encerrou hoje (16) suas atividades. A extinção da CNV foi comunicada oficialmente por meio de nota assinada pelo coordenador da comissão, Pedro Dallari. O anúncio ocorreu após a conclusão dos trabalhos regulares, que culminaram com a entrega, na semana passada, do relatório final, que apontou 434 mortes e desaparecimentos de vítimas da ditadura militar no Brasil.

Os arquivos produzidos ao longo dos dois anos e sete meses de funcionamento da CNV serão transferidos para o Arquivo Nacional. Para isso, uma estrutura provisória funcionará a partir de amanhã (17), na Casa Civil da Presidência, para organizar o acervo documental e multimídia das atividades.

Com mais de três mil páginas, o documento final, entregue à presidenta Dilma Rousseff, contém recomendações como a determinação para que os agentes públicos envolvidos com violações de direitos humanos no período da ditadura militar sejam responsabilizados juridicamente pelos seus atos.

Para Pedro Dallari, a CNV encerra sua existência tendo cumprido o mandato legal previsto pela lei que a criou e “com a convicção de ter empenhado seus melhores esforços em favor da sociedade brasileira”.