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Dados do censo ajudam a melhorar políticas indígenas, diz líder pataxó

Povos da Bahia já cobravam levantamento do estado
Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 07/08/2023 - 14:44
Rio de Janeiro
Índios da etnia Pataxó fazem manifestação em frente a Câmara dos Deputados pedindo a demarcação de terras indígenas (Antonio Cruz/Agência Brasil)
© Antonio Cruz/ Agência Brasil

O líder indígena Kâhu Pataxó, do Movimento Unido dos Povos Indígenas da Bahia, afirmou, nesta segunda-feira (7), que as informações do Censo Indígena 2022 são fundamentais. "Inclusive, a gente da Bahia já vinha cobrando há muito tempo do próprio estado um levantamento como esse, independente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) à época”.

Em entrevista à Agência Brasil, Kâhu Pataxó lembrou que, em 2012, levantamento feito por uma secretaria estadual já trazia um pouco do retrato das comunidades do território baiano e apresentava alguns dados importantes.

“Para a gente, os dados do IBGE são fundamentais, até porque toda política pública é pensada em cima de dados demográficos. Agora, a gente tem os dados para discutir com o governo da Bahia políticas públicas voltadas para a comunidade, com um retrato mais fiel de como está a realidade indígena hoje, na Bahia.”

De acordo com o Censo do IBGE, a Bahia e o Amazonas concentram 42,51% da população indígena do país. Residem no Amazonas 490.854 pessoas, o que corresponde a 28,98% da população indígena total, e 229.103 (13,53%) vivem na Bahia.

O líder pataxó reiterou que os novos dados divulgados pelo IBGE dão aos indígenas locais condições de reivindicar políticas públicas voltadas para essa parcela da população do estado, “exatamente porque é a segunda maior do país”.

De acordo com Kâhu Pataxó, as informações do Censo Indígena, divulgadas hoje pelo IBGE, levarão às comunidades da Bahia maiores avanços e melhor qualificação das políticas públicas a elas direcionadas.

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