Movimentos sociais fazem homenagem à vereadora Marielle Franco
![Nunah Alle/Mídia NINJA/Flickr Rio de Janeiro (RJ) – Presos novos suspeitos de participarem no assassinato da parlamentar Marielle Franco. Foto: Nunah Alle/Mídia NINJA/Flickr](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
Integrantes de movimentos sociais realizaram, nas primeiras horas desta quarta-feira (30), um ato em homenagem à vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, executados em 2018. O ponto escolhido para a manifestação foi uma escadaria localizada em um cruzamento da Rua Cardeal Arcoverde, no bairro de Pinheiros, onde uma fotografia em preto e branco de Marielle ocupa um dos muros.
O protesto marca o julgamento dos dois envolvidos no assassinato, os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, no 4º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro. As famílias das vítimas esperam que o crime seja totalmente desvendado há mais de seis anos e sete meses.
As manifestantes estenderam faixas e bradam palavras de ordem como "Marielle vive, Marielle viverá. Mulheres negras não param de lutar" e "Marielle perguntou, eu também vou perguntar: quantas mais têm que morrer pra essa guerra acabar?". Também foram levados girassóis, flores que se tornaram símbolo associado a Marielle e ao caso.
Mara Lúcia, uma das articuladoras da Marcha das Mulheres Negras em São Paulo, diz que reverenciar a memória da vereadora é uma obrigação. "Estamos há seis anos nessa luta [por justiça a ela], esperando por esse momento. A gente sabe como funciona a Justiça do país. Então, é uma obrigação. Somos sementes, devemos muito a ela.
Para a líder, a designação da irmã de Marielle, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, à pasta foi um fator que ajudou os movimentos a pressionar as autoridades competentes a buscar um desfecho para o crime.
"Sem dúvida, a Anielle ter chegado ao ministério nos fortalece. Uma representação negra, jovem, que vai para lá por conta da dor, do sofrimento, da perda. Na dor, ela se refaz e traz essa representatividade para nós. É bem difícil colocar nosso povo no poder, nossas mulheres negras, mas sempre há esperança. E sempre estaremos na luta, é o que nos resta", afirma.
Um grupo do coletivo Juntas!, que conta com parlamentares como Sâmia Bonfim (PSOL-SP) e Fernanda Melchionna (PSOL-RS), participou da mobilização. A integrante Ana Luiza Trancoso avalia que, apesar de o caso ter avançado até o julgamento dos assassinos, restam dúvidas, pois apenas uma parte foi elucidada e responsabilizada.
"É muito marcante, depois de seis anos, acontecer o júri dos executores, mas a grande questão é em relação aos mandantes e quanto a isso a gente não pode parar de mobilizar", pondera.
![Marcelo Camargo/Agência Brasil Brasília (DF), 05/02/2025 - Clarice Herzog. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Reuters/Proibida reprodução 02/04/2024 - Refinaria russa atacada por drones ucranianos
Foto: Reuters](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Reuters/Jean-Baptiste Premat/Proibida reprodução View of the city of Thira. Santorini, Greece, August 20, 2018.
Photography by Jean Baptiste Premat / Hans Lucas.
Vue sur la ville de Fira. Santorin, Grece, 20 Aout 2018.
Photographie de Jean Baptiste Premat / Hans Lucas.NO USE FRANCE](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)