Roraima assina acordo para reforçar trabalho de erradicação da febre aftosa
O estado de Roraima, que, ao lado do Amapá e Amazonas, é uma das três unidades da Federação ainda não declaradas livres da febre aftosa no Brasil, assumiu hoje (28) o compromisso de cumprir as exigências previstas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) a fim de obter do organismo o aval de região imune à doença. Para isso, o governador do estado, José de Anchieta, assinou acordo garantindo que Roraima vai corrigir 23 inconformidades encontradas pelo Ministério da Agricultura no serviço de defesa sanitária do estado.
Na solenidade de assinatura, em Boa Vista, o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, reafirmou a intenção de que Roraima, Amapá e parte do Amazonas, que ainda têm circulação do vírus da aftosa, consigam erradicar a doença ainda em 2014. “Vamos chegar até o final do ano com 100% do nosso território livre de aftosa”, declarou. A intenção do ministério é obter o reconhecimento da OIE para todo o território nacional em 2015. Em 2013, oito áreas do país ganharam o status de livres de aftosa, concedido pelo Ministério da Agricultura.
De acordo com Denise Euclydes, coordenadora de Combate às Doenças da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, as adequações que o governo de Roraima se propôs a fazer envolvem desde contratação e treinamento de mais pessoal até estrutura física. A intenção é concluí-las até maio ou junho. Cumprida essa etapa, o ministério fará inquérito soroepidemiológico no estado para confirmar a ausência de circulação do vírus da doença. Só depois disso, Roraima terá sua documentação submetida à OIE. Amapá e Amazonas devem passar por processo semelhante.
“O Ministério da Agricultura realizou em dezembro auditorias nos três estados. Roraima foi o primeiro que saiu o relatório. Fizemos uma reunião na semana passada em Brasília com representantes do estado, onde analisamos 23 recomendações dos auditores. Para cada uma, o próprio estado de Roraima propôs uma medida corretiva e um prazo para ser implementada”, explica. Enquanto o estado implementa as modificações, a vacinação do rebanho, que em Roraima alcança 770 mil cabeças, continua normalmente.