Tombini: não há vulnerabilidade de emergentes no processo de transição econômica
Os países emergentes, como o Brasil, não estão vulneráveis no atual processo de transição da economia global, avaliou hoje (18) o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, em audiência pública, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.
Tombini lembrou que, com a crise econômica internacional, alguns países, entre eles os Estados Unidos, baixaram os juros até o limite e depois começaram a injetar recursos na economia com a compra de ativos. Com isso, disse ele, uma parte “relevante” desses recursos veio para países emergentes como o Brasil.
Segundo o presidente do BC, foram adotadas medidas para desacelerar o ingresso desses recursos no país, porque se sabia que essa entrada era extraordinária e temporária.
Atualmente, esse processo de estímulos à economia adotado pelos Estados Unidos está sendo revertido. Com a diminuição das injeções monetárias, o volume de dólares em circulação cai, aumentando o preço da moeda em todo o mundo. “Esse processo de normalização das condições monetárias e, suas consequências, não deve ser confundido com vulnerabilidade ou fragilidade generalizada das econômicas emergentes”, disse.
No mês passado, o Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos Estados Unidos, divulgou um relatório em que apontava o Brasil como o segundo país, entre os emergentes, mais vulnerável ao impacto da redução dos estímulos nos Estados Unidos, em função da recuperação da economia americana.