Emprego na construção civil cai em 2014
A contratação de mão de obra na construção civil caiu 0,14% ao longo de 2014 com corte de 14,8 mil postos de trabalho no período de janeiro a novembro, segundo pesquisa do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), feita em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). No mesmo período em 2013, foram gerados 141 mil vagas.
Em novembro, na comparação com outubro, houve retração de 1,57% com saldo de 54,9 mil demissões. Em relação a novembro de 2013, o índice ficou negativo em 2,94% e com base de empregados totalizando 3,434 milhões (103,8 mil a menos).
O desempenho não surpreendeu o setor, conforme nota da entidade: "O setor já esperava a queda do emprego em novembro, mês em que tradicionalmente o número de demissões é maior que o de contratações na construção civil, em função do término de obras, o que deve ter voltado a acontecer em dezembro", disse o vice-presidente de Economia do sindicato, Eduardo Zaidan.
As ofertas em novembro diminuíram em todas as regiões. No Sudeste, foram 23.853 postos de trabalhos a menos, com recuo de 1,39%. A taxa mais expressiva foi registrada no Norte com queda de 3,53% e a eliminação de 8.212 postos de trabalho. No Nordeste, embora a variação tenha sido um pouco mais branda (-1,16%), o número de vagas suprimidas alcançou 8.638. Já no Sul do país, o recuo foi 0,66% com saldo de 3.337 demissões. No Centro-Oeste, queda de 1,57% e corte de 54.964 empregos.
Em São Paulo, o emprego caiu 1,05% sobre outubro com corte de 9 mil postos. No acumulado do ano até novembro, a taxa ficou negativa em 0,42%, que correspondente a perda de 3,9 mil vagas. Na comparação com novembro de 2013, o emprego diminuiu 2,73%, com base de trabalhadores passando de 871,9 mil para 857,2 mil.
Das dez regiões pesquisadas foi constatada alta apenas em Santo André (0,47%) com a geração de 206 vagas. Na capital, a taxa indicou recuo de 1,08% (4.372 vagas a menos); em Campinas (-1,38% e 1.241 cortes); Ribeirão Preto (-1,07% e 589 demissões); Santos (-0,34% e 106 demissões); Sorocaba (-1% e 895 demissões); São José dos Campos (-0,42 e 311 demissões); Bauru (-1,59 e 378 demissões); São José do Rio Preto (-2,03 e 643 demissões) e em Presidente Prudente (-5,56 e 683 demissões).