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Economia

Energia elétrica puxa aumento da inflação semanal, mostra FGV

Marli Moreira – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 25/05/2015 - 12:55
São Paulo
Energia
© Arquivo/Agência Brasil
Linhas de transmissão de energia do sistema elétrico nacional (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

A tarifa de energia elétrica está entre os itens de maior pressão inflacionária, com elevação de 1,93%, acima da taxa anterior (1,45%)Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) atingiu 0,68% na terceira prévia de maio. A variação foi 0,03 ponto percentual maior do que a registrada na apuração anterior, quando a taxa havia decrescido de 0,7% para 0,65%.

Cinco dos oito grupos pesquisados apresentaram índices acima dos da pesquisa anterior, com destaque para habitação, cuja taxa passou de 0,64% para 0,74%. Assim como nas últimas pesquisas, a tarifa de energia elétrica está entre os itens de maior pressão inflacionária, com elevação de 1,93%, acima da taxa anterior de 1,45%.

Os dados são da pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), referente à coleta de preços do período de 23 de abril a 22 de maio, comparada às variações de 23 de março a 22 de abril.

Em alimentação, o índice subiu de 0,73% para 0,76%. Entre os itens que mais aumentaram nessa classe de despesas estão as hortaliças e os legumes, cujo índice passou de 5,52% para 7,87%.

No grupo transportes, a taxa passou de 0,07% para 0,12%, puxada pela venda de automóveis usados. Na pesquisa anterior, os preços dos carros de passeio caíram 0,38%. Nesta mais recente, não houve variação.

Em educação, leitura e recreação, o índice aumentou de 0,39% para 0,42%, com os ingressos em salas de espetáculo corrigidos de 2,93% para 3,05%. No grupo despesas diversas, houve elevação de 0,02 ponto percentual, com a taxa passando de 0,64% para 0,66%. Nesse caso, a variação foi influenciada pelos jogos de loteria, cujos bilhetes aumentaram 2,5%.

Nos outros três grupos, as variações indicaram um ritmo mais lento de correção ou queda de preços. Em vestuário, a taxa decresceu de 1,12% para 1%; em saúde e cuidados pessoais, de 1,55% para 1,51%; e em comunicação, houve recuo de -0,03% para -0,05%.

Os itens de maior impacto inflacionário foram: tarifa de eletricidade residencial (1,93%), refeições em bares e restaurantes (0,98%), tomate (17,34%), cebola (22,33%) e aluguel residencial (0,69%). Em sentido oposto, os que mais contribuíram para atenuar o avanço da taxa foram: tangerina (-24,91%), gasolina (-0,54%), mamão papaya (-12,76%), alface (-6,69%) e tarifa de telefone residencial (-0,89%).