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Economia

Confiança do comércio cresce 2,7%, com alta em todos os itens

Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 22/05/2017 - 12:59
Rio de Janeiro
Shopping no centro de Brasília tem movimento intenso no último fim de semana antes do Natal
© Valter Campanato/Agência Brasil

A  confiança do comércio teve maior taxa

positiva  da  série  histórica  na  base  de

comparação anualArquivo/Agência Brasil

O Índice de Confiança do Empresariado do Comércio (Icec) cresceu 2,7% de abril para maio deste ano, atingindo 103 pontos e consolidando-se na zona positiva, uma vez que, no resultado de abril, o indicador também já havia se situado acima de 100 pontos.

Os dados foram divulgados hoje (22) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O resultado de maio, série com ajuste sazonal, apresentou altas generalizadas em todos os itens pesquisados. Na base de comparação anual, a confiança dos comerciantes obteve a maior taxa positiva da série histórica do indicador, ao variar 30%.

Para a economista da confederação Izis Ferreira, o empresariado projetam um cenário mais favorável para o setor. “Os comerciantes começam a enxergar sinais de retomada lenta e gradual das vendas, em um cenário de desempenho mais favorável da atividade do comércio, que esperamos que se consolide na segunda metade de 2017”.

Condições atuais

A percepção dos comerciantes sobre as condições atuais chegou a 71,3 pontos, uma variação positiva de 7% em relação a abril, com ajuste sazonal. Na comparação anual, o aumento chega a 74,8%.

A percepção dos varejistas quanto às condições atuais da economia melhorou em maio 9,4%. Melhorou também em relação ao desempenho do comércio, com crescimento de 7,6%, e às condições e ao da própria empresa (+5%).

A proporção de comerciantes que avaliam as condições econômicas atuais como “piores também tem caído: para 71,2% dos varejistas, a economia piorou em maio - em abril, 71,7% tinham percebido piora e em maio do ano passado, 93,9%.

Para Izis Ferreira, o desempenho do subíndice da situação atual reflete a desaceleração no ritmo de contração na atividade do comércio. "Apesar da queda nas vendas do varejo acima do esperado em março, apontada pelo IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] na última Pesquisa Mensal do Comércio, na comparação anual, as taxas negativas da evolução do volume de vendas vêm perdendo folêgo”, acrescentou Izis.

Perspectivas

O subíndice que mede as expectativas do empresariado, o único a se situar na zona positiva (acima dos 100 pontos do corte de indiferença), chegou a alcançar 149,2 pontos, uma alta de 1,8% em relação a abril, na série com ajuste sazonal. Na comparação anual, o crescimento é de 22%.

Para 81,4% dos entrevistados pela pesquisa da CNC, há uma expectativa de que o desempenho da economia continue melhorando para o setor nos próximos seis meses.

Em consequência, o subíndice que mede as condições de investimento do comércio registrou aumento de 2,3% na passagem com ajuste sazonal, alcançando 88,5 pontos. Na passagem de abril para maio, aumentaram em 3,2% as intenções de investimento nas empresas; de 2,7% na contratação de funcionários; e de 1% na de formação de estoques.

“A conjuntura gradualmente mais favorável aos investimentos e os indícios de retomada das vendas no varejo estimulam a confiança dos comerciantes”, destaca a CNC. Para a entidade, “apesar de ainda persistirem algumas incertezas, as vendas do comércio em 2017 devem experimentar melhora, com aumento de 1,5%”.

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) detecta as tendências do setor do ponto de vista do empresário. A amostra é composta por aproximadamente 6 mil empresas situadas em todas as capitais do país, e os índices, apurados mensalmente, apresentam dispersões que variam de zero a duzentos pontos.