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Economia

Dólar sobe 7,9% e BM&F Bovespa fecha em queda de 8,8%

Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil*
Publicado em 18/05/2017 - 18:52
São Paulo
Dólar
© Marcello Casal

O dólar comercial fechou hoje (18) em forte alta, cotado em R$ 3,38 na venda, uma alta de 7,9% em relação ao preço de ontem (17). Em nota, o Banco Central disse que está atuando para manter a funcionalidade do mercado.

“O Banco Central está monitorando o impacto das informações recentemente divulgadas pela imprensa e atuará para manter a plena funcionalidade dos mercados. Esse monitoramento e atuação têm foco no bom funcionamento dos mercados. Não há relação direta e mecânica com a política monetária, que continuará focada nos seus objetivos tradicionais”.

O Banco Central (BC) fez hoje quatro leilões de swap cambial tradicional, o que equivale à venda de dólares no mercado futuro e ajuda a segurar a alta ou forçar uma queda da moeda. Tanto o BC quanto o Tesouro Nacional divulgaram notas pela manhã afirmando que estavam monitorando os mercados.

Ibovespa

A Bolsa de Valores de São Paulo (BM&F Bovespa) fechou o pregão desta quinta-feira em forte queda. O principal índice da bolsa, o Ibovespa, encerrou o dia com retração de 8,8%, com 61.597 pontos. Às 10h21, o pregão registrou queda de 10,47% e foi suspenso por meia hora, mecanismo conhecido como circuit breaker, que paralisa as negociações em fortes quedas.

As ações que mais caíram no dia foram Eletrobras ON (-20,9%), Cemig PN (-20,4%) e Eletrobras PNB (-16,9%). As ações da JBS desvalorizaram 9,68%. O volume de ações negociadas foi R$ 24,5 bilhões.

Hoje foi o primeiro dia de funcionamento do mercado financeiro depois da divulgação das delações premiadas dos empresários Joesley Batista e Wesley Batista, donos do grupo JBS, controlador do frigorífico Friboi. O conteúdo dos depoimentos envolvendo Temer foi antecipado ontem (17) pelo jornal O Globo.

Segundo a reportagem, em encontro gravado em áudio pelo empresário Joesley Batista, Temer teria sugerido que se mantivesse pagamento de mesada ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, e ao doleiro Lúcio Funaro para que estes ficassem em silêncio. Cunha e Funaro estão presos em Curitiba.

 

*Colaborou Mariana Branco