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Economia

Começa no Rio 14ª rodada de licitação de blocos exploratórios de petróleo

Nielmar de Oliveira – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 27/09/2017 - 10:55
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro - A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) realiza, no Windsor Barra Hotel, na Barra da Tijuca), a 14 Rodada de Licitações de Petróleo e Gás (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Ministro Fernando Coelho Filho afirmou que país passa por um dos momentos mais "desafiadores de sua história" Tânia Rêgo/Agência Brasil

Com pronunciamentos do secretário-geral da Presidência da República, Moreira Franco, e do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, teve início na manhã de hoje (27), no Hotel Windsor Barra, no Rio, a 14ª Rodada de Licitações de blocos exploratórios que está, ofertando 287 blocos, em 29 setores de nove bacias sedimentares do país.

A Agência Nacional de Petróleo, Gás natural e Biocombustíveis (ANP) iniciou o leilão com a venda de 5 blocos na bacia do Parnaíba, arrematado pela Parnaíba Gás Natural, com ágio de 10%. O bônus de assinatura foi de R$ 2,686 milhões. Em seguida, foram ofertados sete blocos em setor SPN-SE, também na Bacia do Parnaíba e que ainda não receberam ofertas.

Ao abrir o leilão, Moreira Franco ressaltou o fato de que o país retoma os leilões com novas regras depois do longo período em que foram feitos sob uma “legislação equivocada, onde a ideologia substituiu à lógica e a racionalidade”.

Para ele, com as mudanças implementadas no novo governo “há mais segurança institucional, onde a nova política adotada para o setor torna-se fundamental para a vitalidade da economia do estado do Rio, em particular, onde  a queda da atividade no setor trouxe prejuízos para todo o Estado”.

Moreira afirmou que, realizado dentro de um modelo onde as regras respeitam a sustentabilidade no processo de exploração das riquezas do país, o leilão “mobiliza a potencialidade econômica para sustentar o sonho brasileiro de uma sociedade mais justa e que garanta emprego e renda para toda a população”.

Para o ministro Fernando Coelho Filho, o país esta passando por um dos momento mais "desafiadores de sua história", enfrentando dificuldades na área econômica, com reflexos também no setor de óleo e gás.

“O governo, sob a liderança do presidente Temer, tomou a decisão pelo crescimento econômico e pelo desenvolvimento do país, que na área de petróleo se iniciou com a retomada dos leilões de áreas marginais, passando agora pela 14ª Rodada e que levará ainda as duas próximas rodadas da área dom pré-sal", disse.

“Não tenho a menor dúvida de que a indústria do petróleo haverá de se perpetuar no país e colocar o Brasil na rota definitiva no setor de petróleo e gás. Tenho a alegria de ainda novo passar por este momento e dar o ponta-pé inicial para a retomada do setor e o que estiver ao alcance do governo continuaremos a fazer para trilhar este caminho”, acrescentou. 

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, garantiu que "a empresa, que retorna aos leilões, tem fôlego para investimentos que levem à recomposição de seu portfólio de reservas e para isso montou uma estratégia visando participar dos três leilões de áreas exploratórias de petróleo e gás que o governo realizará neste ano”.

Ambientalistas

Uma confusão se formou no saguão do hotel, depois de discussão entre os organizadores do leilão e ambientalistas. O conflito começou por volta das 10h30, quando os manifestantes protestavam contra a realização da rodada de licitação.

O grupo de ativistas, que defendia o fim do investimento em combustíveis fósseis como o carvão e o petróleo, se aglomerava do lado de fora do hotel, quando começou o bate-boca. Indígenas se juntaram ao grupo, o que aumentou a confusão. Pessoas caindo, muita correria pelo saguão. Os índios tentaram invadir o auditório, sem êxito.

*Matéria modificada às 11h50 para acréscimo de informação



ANP realiza a 14ª Rodada de Licitações de Petróleo e Gás