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Economia

CNI diz que recuperação da indústria prossegue, mas com oscilações

Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 03/10/2017 - 14:04
Rio de Janeiro
Pesquisa da CNI aponta estabilidade na produção industrial (Foto Arquivo - Agência Brasil)

Índice de evolução da produção industrial superou 50 pontos em agosto pelo segundo mês consecutivo  Arquivo - Agência Brasil

Os Indicadores da Indústria de agosto mostram que a recuperação do setor segue com oscilações, embora a tendência de aquecimento apontada em julho tenha se mantido, mesmo com menos força, principalmente em decorrência da queda do faturamento. A avaliação é da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que divulgou hoje (3), no Rio de Janeiro, a Sondagem Industrial de agosto.

A publicação indica que a indústria dá sequência aos bons resultados de julho e afasta preocupações sugeridas pela última edição da pesquisa. “O índice de evolução da produção superou 50 pontos pelo segundo mês consecutivo, o que não acontecia desde outubro de 2013. O índice de evolução do número de empregados mostra que o emprego industrial está praticamente estável e o setor não vive a expectativa de novas demissões" diz a publicação.

Massa salarial tem aumento de 0,2%

Os números indicam, ainda, que a massa salarial real teve aumento de 0,2%, as horas trabalhadas na produção também subiram 0,2%, o rendimento médio real foi 1,2% maior do que o de julho e a utilização da capacidade instalada ficou 0,3 ponto percentual acima de julho.

O único indicador a cair foi o faturamento real da indústria, com retração de 1% em agosto frente a julho. Quando comparado com agosto do ano passado, há expansão de 4,5%, embora no resultado acumulado nos primeiros oito meses de 2017 ainda esteja negativo em 3,5%.

“A perda de intensidade no processo de recuperação é decorrência, principalmente, da queda do faturamento industrial, que manteve a trajetória recente de variações positivas e negativas”, ressaltou a CNI.

Apesar do emprego industrial ter permanecido estável na passagem de julho para agosto, o indicador mostra que, nos primeiros oito meses do ano, houve queda de 3,6% na comparação com o período de janeiro a agosto de 2016.