logo Agência Brasil
Economia

Confiança do comércio tem ligeiro recuo em novembro, após duas altas

Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 28/11/2017 - 11:39
Rio de Janeiro
São Paulo - Comércio do centro da capital se prepara para as vendas de Natal (Rovena Rosa/Agência Brasil)
© Rovena Rosa/Agência Brasil
São Paulo - Comércio do centro da capital se prepara para as vendas de Natal (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Após subir 10 pontos nos meses anteriores, confiança do comércio ficou estável em novembroRovena Rosa/Agência Brasil

O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) ficou praticamente estável e fechou o mês de novembro com ligeiro recuo de 0,1 ponto, caindo para 92,4 pontos, após acumular alta de 10,1 pontos nos dois meses anteriores.

Os dados foram divulgados hoje (28) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). A ligeira retração de novembro ocorreu em 8 dos 13 segmentos pesquisados e foi determinada pela piora no Índice de Situação Atual (ISA-COM), que caiu 0,8 ponto no mês, para 85,4. Já o Índice de Expectativas (IE-COM) avançou 0,7 ponto, atingindo 99,9.

“O resultado de novembro pode ser interpretado como uma relativa acomodação da confiança do comércio após dois meses em forte elevação",  afirmou o coordenador da Sondagem do Comércio da FGV, Rodolpho Tobler. Ele avalia que a queda do Índice da Situação Atual mostra que a recuperação da economia continua ocorrendo de forma gradual e que a alta do Índice de Expectativas "reforça o diagnóstico de manutenção da tendência de retomada do setor no ano, sob influência da inflação baixa, do ciclo de redução das taxas de juros e da melhora recente da confiança dos consumidores”.

Crescimento ao longo do ano

Apesar da relativa estabilidade no mês, o Índice de Confiança do Comércio sustenta crescimento ao longo do ano, segundo os economistas do Ibre/FGV. Entre janeiro e novembro de 2017, a alta foi de 13,5 pontos, enquanto no mesmo período do ano passado havia sido de 9,7.

No ano passado mais de 91% da alta havia sido motivada pela melhora das expectativas; já em 2017, o avanço mais expressivo foi no Índice de Situação Atual (62,4%).

A edição de novembro de 2017 coletou informações de 1.181 empresas entre os dias 1º e 24 deste mês.