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Economia

MDIC diz que aumento de importações no ano sinaliza retomada da economia

Ivan Richard Esposito - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 01/11/2017 - 19:16
Brasília

O crescimento das importações do país no mês de outubro (média diária de US$ 651,2 milhões, contra US$ 568,8 milhões para o mesmo mês de 2016) e no acumulado do ano (elevação de 9,1% na comparação com o mesmo período do ano passado), é uma indicação da melhora da atividade econômica no futuro. A avaliação é do diretor de Estatísticas e Apoio às Exportações do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), Herlon Brandão.

Para ele, o crescimento das importações ao longo do ano é reflexo da atividade produtiva e da demanda interna por insumos para indústria e para o agronegócio. “Notamos um crescimento, pelo terceiro mês seguido, da importação de bens de capital. Isso é muito positivo, é investimento, e sinaliza uma melhora da atividade econômica no futuro”, disse ao apresentar, hoje (1º), o resultado da balança comercial do mês de outubro.

De acordo com Brandão, como o Brasil importa, principalmente, bens para atividade produtiva - como insumos industriais, máquinas para agricultura e bens de capital - o crescimento das compras no exterior demonstra que “o setor produtivo está demandando mais insumos para produção nacional e para exportação”.

Segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), nos dez meses do ano, o Brasil importou US$ 125 bilhões. Destaque para óleos combustíveis, com saldo positivo de 89,2%; hulhas (+110,4%); circuitos integrados (+48,3%); naftas (+43,4%) e partes de aparelhos transmissores ou receptores (+58,7%).

Agronegócio

Em relação ao agronegócio, os destaques da balança comercial são para a exportação de soja e milho. De janeiro a outubro, foram vendidas 63 milhões de toneladas de soja e 21 milhões de toneladas de milho. “Até setembro, tínhamos queda do volume de milho exportado, agora temos aumento. Temos crescimento do volume exportado de carne de frango, de carne bovina, celulose e açúcar, que também estava em queda e agora passou a ter crescimento”, destacou Brandão.

Nas exportações de modo geral, o destaque fica por conta de celulose, açúcar, commodities minerais, assim como a venda de petróleo, devido ao crescimento da produção nacional e os preços dessas commodities, além dos produtos industrializados, com 12% dos manufaturados, motivado pela venda de automóveis acima de 50%, de veículos de carga e produtos siderúrgicos.

“O volume de exportações de automóveis cresce para toda a América Latina, especialmente, Argentina, México, Chile, Peru e Colômbia. As carnes, que no começo do ano tinham queda, agora, estão tendo aumento também”, disse Brandão.

A expectativa do governo  é que o país feche o ano com crescimento de 15% nas transações comerciais em relação a 2016. “Já temos dez meses e isso permite fazer um cenário para o ano: vamos ter desempenho positivo das exportações e importações e, certamente, a corrente do comércio brasileira vai encerrar com crescimento significativo. Já estamos com aumento de 15% do comércio como um todo, e esperamos encerrar com esse nível ou superior”.