Petros revê política de investimentos para aumentar liquidez
Para elevar o grau de liquidez, obter maior agilidade e reduzir eventuais riscos de mercado, a Fundação Petros – fundo de previdência dos funcionários da Petrobras – anunciou hoje (24) uma revisão em sua política de investimentos para os próximos cinco anos.
A estratégia é promover, neste período, uma gestão mais ativa, viabilizada por maior flexibilidade na carteira de investimentos, mais alinhada à cultura de asset management (gestão de recursos) implantada desde a chegada da atual diretoria executiva na gestão dos fundos, informou, por meio de nota.
Aprovada em dezembro pelo conselho deliberativo da empresa, a nova política se baseia em cenário de mercado de considerável volatilidade ao longo dos próximos dois anos.
No comunicado, o diretor de Investimento da Petros, Daniel Lima, disse que a Petrobras vem buscando um bom grau de liquidez desde 2017, “seja para aproveitar janelas de oportunidades de compra de ativos a preços descontados, seja para ter agilidade na redução de risco das carteiras”. Segundo ele, as políticas atuais reforçam esse compromisso.
As novas diretrizes das políticas de investimentos da Petros objetivam uma gestão cada vez mais ativa da carteira de renda fixa e a troca de parte da renda variável de liquidez restrita por posições mais líquidas. Segundo o comunicado, o mercado de crédito, tanto primário quanto secundário, está no radar da Petros, "primando pela disciplina na seleção dos papéis e visando obter prêmios de risco adequados”.
O diretor ressaltou que o processo de análise e tomada de decisão hoje está efetivamente estruturado, explorando critérios objetivos/quantitativos e também qualitativos a respeito dos emissores. "Para cada realocação de ativos, é fundamental que determinemos o impacto gerado no perfil de risco/retorno da carteira dos planos. Na parte qualitativa, aspectos ambientais, sociais e de governança corportariva passam a ser integrados às análises de riscos”, afirmou.
As novas políticas a serem adotadas pelo gestores do fundo de pensão dos funcionários da Petrobras prevêem a possibilidade de investimentos no exterior, porém limitando a alocação máxima a 1% no Plano Petros do Sistema Petrobras (PPSP), de benefício definido, e a 2% no Plano Petros-2 (PP-2), de contribuição variável. “No caso específico do PP-2, por se tratar de um plano jovem, há a possibilidade de aumento de investimentos com lastro em imóveis”, informa.