logo Agência Brasil
Economia

Total de passageiros em aviões cresce 4,36% no Brasil, diz associação

Gol, com 34,19%, e Latam, com 32,79%, lideram participação no mercado
Fernanda Cruz - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 27/09/2018 - 11:51
São Paulo

O número de passageiros de aviões no Brasil em agosto foi de 7,8 milhões, alta de 4,36% em relação a agosto de 2017. A demanda por viagens aéreas, que leva em conta passageiros pagantes e distância percorrida, teve elevação de 4,40% no mesmo período.

A oferta cresceu 4,75%. Os dados foram divulgados hoje (27), em São Paulo, pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).

Movimento de passageiros no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek.
Em agosto, 7,8 milhões de pessoas viajaram de avião no Brasil, uma alta de 4,36% em relação a agosto de 2017  (Arquivo/Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

No acumulado do ano até agosto, houve alta de 4,75% na demanda e de 4,80% na oferta. O equilíbrio entre oferta e demanda resultou em estabilidade do aproveitamento dos assentos, que ficou em 80,78%, retração de 0,04 ponto percentual em relação ao acumulado de 2017.

A taxa de participação de mercado de cada membro da associação, em agosto, foi de 34,19% da Gol, 32,79% da Latam, 19,25% da Azul e 13,77% da Avianca.

Além desses associados, foi anunciada hoje a inclusão dos novos: Passaredo, voltada à aviação regional brasileira, e Map, que voa pela Amazônia.

As viagens internacionais - feitas pelas associadas da Abear - tiveram alta de 15,72% em agosto, na comparação com o mesmo mês em 2017 e a oferta cresceu 19,54% no mesmo período.

O fator de aproveitamento fechou em 81,61%, com baixa de 2,70 pontos percentuais. No acumulado do ano, a demanda internacional teve alta de 15,64% sobre o mesmo intervalo de 2017 e a oferta apresentou aumento de 19,08%.

Alta nos custos

O presidente da associação, Eduardo Sanovicz, informou que o setor enfrentou, desde agosto do ano passado, o problema da elevação nos custos, com a alta de 25% no câmbio e de 60% no querosene. O combustível para aviação, inclusive, atingiu, no mês passado, o nível mais alto desde 2002, de acordo com a associação.

Com o aumento de custos, Sanovicz admite a possibilidade de aumento nas tarifas aos passageiros futuramente. “É racional esperar que, de alguma forma, o aumento do querosene e do câmbio tenha um reflexo. Não será tão impactante, porque hoje é possível ter política tarifária com produtos acessórios”, disse.

Precificação do combustível

A Abear defende a revisão da precificação do combustível de aviação, demanda que vem sendo enviada aos candidatos à Presidência da República. Segundo Sanovicz, o modelo atual de precificação é usado desde os anos 80.

A entidade é contrária à cobrança do combustível em dólar, já que, hoje, 90% desse combustível são produzidos no Brasil, diferente dos anos 80, quando 90% eram importados.

Assento conforto

Sanovicz é contrário a regulamentações sobre a venda de assento conforto pelas companhias aéreas. Na última terça-feira (25), o Ministério Público Federal emitiu nota sobre a cobrança ilegítima, quando a companhia não oferece vantagens ao passageiro.

“A nossa história de desregulamentação mostrou que, desta forma, a gente oferece bilhetes mais acessíveis e voa para mais destinos”, finalizou o dirigente.