Guardia defende continuidade do trabalho da atual equipe econômica
O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, defendeu hoje (31) o seu trabalho à frente da pasta e prometeu colaborar com o processo de transição para o novo governo. Ele foi um dos homenageados na entrega do 16º Prêmio de Desempenho Funcional, promovido anualmente pelo ministério, em Brasília.
"Nós temos que trabalhar até o final do ano para poder passar as informações da melhor maneira possível, da maneira mais completa [à nova equipe], para dar prosseguimento a esse trabalho. Se a gente seguir no rumo que traçamos, vamos ver o país crescendo, manter as conquistas que obtivemos e ter uma importante redução do nível de desemprego", disse a uma plateia formada basicamente por servidores da Fazenda e de órgãos ligados à pasta. O ministro defendeu também a necessidade de o novo governo enfrentar temas como as reformas da Previdência e a tributária.
Guardia, que foi secretário-executivo da Fazenda até abril, quando assumiu o ministério no lugar de Henrique Meirelles, enumerou feitos do atual governo, como a aprovação da reforma trabalhista, a emenda constitucional do teto de gastos e a nova taxa de juros de longo prazo (TJLP) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). "A gente seguiu um rumo muito claro, compromisso com o equilíbrio fiscal, transparência e relacionamento claro com as demais esferas", acrescentou.
Ele citou ainda as alterações legislativas no setor de óleo e gás, no setor elétrico e a retomada dos processos de privatizações, como medidas para "colocar o país na trilha de crescimento sustentável".
Ambiente de negócios
O ministro fez questão de citar a melhoria da posição do Brasil no o ranking global do Banco Mundial, que mede a facilidade de se fazer negócios no mundo, o Doing Business 2019, divulgado hoje (31). O país saltou da 125ª posição para o 109º lugar. Mesmo com o salto de 16 posições, o Brasil continua atrás do México (54º), como melhor desempenho na América Latina, seguido por Porto Rico (64ª), Colômbia (65º) e Costa Rica (67º). O país ainda é o pior colocado entre os integrantes do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
"O Brasil está agora na posição 109ª, de um avanço extremamente importante. Foi o país que mais se destacou na melhoria do ambiente de negócio, para que a gente possa ter uma economia mais eficiente, mais competitiva", ressaltou.
Guardia exemplificou esforços do governo para reduzir o tempo de abertura de empresas, que caiu de 80 para 20 dias em um ano, além do tempo de espera pelo cumprimento de obrigações alfandegárias, que foi reduzido, segundo o ministro, de 48 horas para 24 horas. Ele ainda mencionou a melhoria na obtenção de crédito, com o maior compartilhamento de informações entre o sistema financeiro e defendeu medidas em tramitação no Congresso Nacional, como o cadastro positivo e a duplicata eletrônica.