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Economia

ONS vai reforçar ações de segurança energética nas eleições e no Enem

Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 04/10/2018 - 18:53
Brasília
Linhas de transmissão de energia do sistema elétrico nacional
© Agência Brasil/Arquivo

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apresentou hoje (4) as medidas que serão adotadas para assegurar que não haverá problemas no abastecimento de energia elétrica durante o período das eleições e também para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que acontecerá nos dias 4 e 11 de novembro. Entre as medidas, estão atenção especial com o linhão de transmissão de Xingu e Estreito, cuja queda resultou em um apagão que deixou 70 milhões de pessoas sem energia, em 13 estados, no dia 21 de março.

A operação especial será realizada no primeiro e segundo turno das eleições, tendo início às 17h do sábado anterior à votação e finalizando às 07h de segunda-feira. Já no caso do Enem, o operador não informou os horários de início e término das ações.

A medida atende a uma determinação do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE). Pelo plano, o ONS fará a coleta e análise de informações sobre ocorrências no Sistema Interligado Nacional de energia (SIN).

Em caso de queda no suprimento de energia, o ONS, informará de imediato o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Ministério de Minas e Energia (MME) e os agentes de transmissão e de Distribuição envolvidos. O ONS “de posse de informações de eventos relacionados ao suprimento de energia, deverá divulgar as informações conforme procedimentos vigentes para que seja produzida nota institucional sobre o evento”, diz a assessoria.

Linhas de transmissão

As orientações do ONS para evitar queda de energia recaem especialmente nas linhas de transmissão. Há ainda a previsão do acionamento de usinas térmicas para assegurar o suprimento energético em caso de queda de alguma linha de transmissão. O ONS também não descarta a possibilidade de importar energia do Uruguai e da Argentina em caso de necessidade.

Segundo o plano, as empresas que trabalham na geração, transmissão e distribuição de energia não deverão programar intervenções, com ou sem desligamento da rede, em instalações de geração e transmissão, durante o período de operação especial. Eles também deverão manter disponíveis e em “operação normal os equipamentos das instalações de usinas, subestações e linhas de transmissão integrantes da Rede de Operação”, diz o plano.

As empresas também deverão estabelecer esquema especial para as turmas de manutenção e “sempre que possível, adotar procedimentos para assegurar um grau de segurança adicional em sua rede”, diz o plano.

No caso do linhão de Estreito, de acordo com o ONS, a programação e operação ficará limitado para restringir o corte de operação da Usina de Belo Monte a uma unidade geradora, caso haja queda da linha de transmissão. Em março, o ONS disse que o apagão foi causado por uma falha humana na operação do linhão, que atravessa 65 municípios dos estados do Pará, do Tocantins, de Goiás e de Minas Gerais.

O ONS informou ainda que irá emitir um relatório preliminar com os resultados da Operação do SIN até o final dos dias 08 e 28 de outubro. O relatório conterá um resumo das informações técnicas sobre o desempenho da Rede de Operação do sistema elétrico, destacando os fatos relevantes durante o transcorrer do dia de votação.