Área econômica lamenta a morte do ex-ministro Reis Velloso
Guedes destacou iniciativas de Reis Velloso, como a criação do Instituto Nacional de Altos Estudos (Inae) e a fundação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O presidente do Ipea, Ernesto Lozardo, também manifestou “imenso pesar” pelo falecimento do ex-ministro, que “dedicou sua vida a pensar e a propor soluções para tornar o Brasil um país desenvolvido”.
Conforme Lozardo, “nos anos 60, Reis Velloso foi incumbido pelo então ministro do Planejamento, Roberto Campos, de coordenar um dos mais notáveis projeto de planejamento econômico brasileiro, o Paeg. Foi o segundo dirigente do Ipea e empenhou-se para consolidá-lo como órgão de apoio à avaliação das políticas públicas do governo federal e ao planejamento estratégico do desenvolvimento econômico e social”.
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, também lamentou a morte de Reis Velloso. “O Brasil perdeu um grande servidor público, cujos pensamentos e ações tiveram notável impacto na nossa economia e na vida nacional. O professor Reis Velloso sempre trabalhou pelo progresso do país e nos deixa o exemplo de contínua dedicação à formulação de políticas públicas e seu debate no mais alto nível, sempre atento às possibilidades da inovação”, diz Levy, em nota.
Segundo relato de João Marcos Reis Velloso, filho do ex-ministro, à Agência Brasil, o economista, que tinha 87 anos, sentiu-se mal logo após se levantar da mesa café da manhã para fazer fisioterapia, por volta das 9h. Muito magro e idoso, Reis Velloso não sofria de nenhuma doença e mantinha-se lúcido. O ex-ministro deixa esposa, três filhos e quatro netos.
*Colaborou Alana Gandra, do Rio de Janeiro//Texto ampliado às 20h42