Dois terços das despesas da União estão indexadas
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![Marcello Casal Jr./Agência Brasil dinheiro](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
Segundo o Tesouro, 67,7% das despesas primárias previstas para este ano são corrigidas, de alguma forma, por indexadores. Elas somam R$ 956,7 bilhões de um total de R$ 1,412 trilhão de gastos autorizados para este ano.
A secretaria listou 10 despesas de alguma forma indexadas a parâmetros da economia. Os benefícios da Previdência Social, o abono salarial e o seguro-desemprego são corrigidos pelo salário mínimo e pela inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é vinculado ao salário mínimo.
Os mínimos constitucionais para a saúde e a educação, as emendas individuais e de bancada são corrigidos pela inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho de um ano a junho do ano seguinte. O Fundo Constitucional do Distrito Federal, que complementa salários dos servidores da saúde, da educação e da segurança do DF, é indexado pela receita corrente líquida.
A complementação da União do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) é corrigida pela receita resultante de impostos. Por fim, o Tesouro listou os benefícios de legislação especial e as indenizações, corrigidos por diversos indexadores.
Crescimento
Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, essas despesas, ao serem corrigidas, têm crescimento vegetativo. Os gastos indexados saltaram R$ 70,1 bilhões em 2017, R$ 37,2 bilhões no ano passado e deverão encerrar 2019 com expansão de R$ 60,1 bilhões. Nos casos em que a indexação supera o IPCA, resta menos espaço para cumprir o teto de gastos.
“Além do elevado nível de rigidez orçamentária, outra característica importante da despesa é seu alto grau de indexação, geralmente relacionada ao IPCA ou ao salário mínimo. Mesmo com inflação baixa, a indexação pode provocar um aumento excessivo da despesa”, disse o secretário.
Almeida explicou que os gastos indexados resultam na compressão das despesas discricionárias (não obrigatórias), como investimentos federais. Nos 12 meses terminados em março, os gastos discricionários somam R$ 128 bilhões, no menor nível para o mês desde 2010, em valores corrigidos pelo IPCA.
O secretário disse que, por enquanto, o governo está cortando investimentos. No entanto, se não for feita nenhuma reforma que reduza gastos obrigatórios, como os da Previdência Social, o governo corre o risco de cortar despesas de custeio, prejudicando a prestação de serviços públicos.
“Estamos chegando a um nível crítico de corte das despesas discricionárias. O investimento está entre as despesas mais sacrificadas”, advertiu Mansueto Almeida.
![REUTERS/Hatem Khaled /Proibida reprodução Or Levy, Eli Sharabi and Ohad Ben Ami, hostages held in Gaza since the deadly October 7, 2023 attack, are released by Hamas militants as part of a ceasefire and a hostages-prisoners swap deal between Hamas and Israel in Deir Al-Balah in the central Gaza Strip, February 8, 2025. REUTERS/Hatem Khaled TPX IMAGES OF THE DAY](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Valter Campanato/Agência Brasil Brasíluia (DF), 10-05-2023 - Imagem do aplicativo Telegram. Foto Valter Campanato/Agência Brasil.](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)