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Economia

Balança comercial tem superávit na terceira semana de fevereiro

Diferença entre exportações e importações ficou em US$ 520 milhões
Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 02/03/2020 - 15:43
Brasília
Atracação de navios no Caís do Porto do Rio de Janeiro, guindaste, container.
© Arquivo/26.07.2012/Tânia Rêgo/Agência Brasil

A balança comercial brasileira apresentou, na terceira semana de fevereiro, superávit de US$ 520 milhões, segundo dados divulgados hoje (2) pela Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia. Em um período de cinco dias úteis, as exportações chegaram a US$ 3,966 bilhões e as importações, a US$ 3,446 bilhões, ficando a corrente de comércio em US$ 7,412 bilhões.

A média das exportações da terceira semana de fevereiro ficou em US$ 793,2 milhões, 5,5% abaixo da média de US$ 839,8 milhões até a segunda semana. Segundo o Ministério da Economia, a redução ocorreu devido à queda nas exportações de produtos semimanufaturados e básicos. No mês, as exportações somam US$ 12,364 bilhões e as importações, US$ 11,259 bilhões, com saldo positivo de US$ 1,105 bilhão e corrente de comércio de US$ 23,624 bilhões.

No período, houve uma redução de 10,7%, de US$ 100,1 milhões  para US$ 89,4 milhões, no segmento de semimanifaturados, em especial na celulose, ferro fundido, ouro, ferro ou aço e também no óleo de soja em bruto.

Houve queda de 8,5% nas exportações de produtos básicos, especialmente em produtos como petróleo em bruto, carnes bovina e de frango, minério de cobre, café em grão e fumo em folhas. Com isso, a balança de exportações, no segmento, fechou em US$ 412,1 milhões, contra os US$ 450,2 milhões da segunda semana.

O Ministério da Economia destaca que houve pequeno crescimento nas exportações de manufaturados de 0,8%, passando de US$ 289,5 milhões para US$ 291,7 milhões, em razão, principalmente, de óleos combustíveis, veículos de carga, suco de laranja não congelado, torneiras, válvulas e partes, máquinas e aparelhos para terraplanagem.

Do lado das importações, apontou-se queda de 11,8%, sobre igual período comparativo (média da terceira semana, US$ 689,1 milhões sobre média até a segunda semana, US$ 781,4 milhões), explicada, principalmente, pela diminuição nos gastos com equipamentos mecânicos, farmacêuticos, cobre e suas obras, adubos e fertilizantes, equipamentos eletroeletrônicos.
 
A análise do mês mostra que, na comparação entre a terceira fevereiro de 2019 (US$ 786,9 milhões) e o mesmo período de 2020  (US$ 824,3 milhões), houve aumento de 4,8% nas exportações. A alta foi puxada especialmente pela venda de petróleo em bruto, algodão em bruto, carnes bovina, suína e de frango e minério de cobre.
 
Por outro lado, caíram as vendas de produtos semimanufaturados em 1,2%, passando de US$ 97,7 milhões para US$ 96,6 milhões, principalmente por conta da celulose, ouro em formas semimanufaturadas, semimanufaturados de ferro/aço, açúcar em bruto, couros e peles. Os produtos manufaturados também apresentaram uma redução de 0,7%, passando de US$ 292,2 milhões para US$ 290,2 milhões, por conta de aviões, automóveis de passageiros, partes de motores e turbinas para aviação, suco de laranja não congelado e laminados planos de ferro ou aço.
 

Relativamente a janeiro/2020, houve crescimento de 25,6%, em virtude do aumento nas vendas de produtos básicos (+33,9%, de US$ 326,8 milhões para US$ 437,5 milhões) e manufaturados (+25,4%, de US$ 231,4 milhões para US$ 290,2 milhões), enquanto diminuíram as exportações de produtos semimanufaturados (-1,7%, de US$ 98,2 milhões para US$ 96,6 milhões).

Nas importações, a média diária até a terceira semana de fevereiro/2020, de US$ 750,6 milhões, ficou 18,9% acima da média de fevereiro/2019 (US$ 631,1 milhões). Nesse comparativo, cresceram os gastos, principalmente com equipamentos mecânicos (+131,0%), combustíveis e lubrificantes (+19,0%), farmacêuticos (+17,2%), químicos orgânicos e inorgânicos (+11,6%), plásticos e obras (+10,8%). Ante janeiro/2020, houve crescimento de 2,1%, pelos aumentos em equipamentos mecânicos (+83,0%), combustíveis e lubrificantes (+20,5%), farmacêuticos (+10,3%), plásticos e obras (+6,7%), químicos orgânicos e inorgânicos (+5,8%).