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Economia

Covid-19: medidas de socorro ao setor aéreo saem nos próximos dias

Impacto de desonerações para saúde ainda estão sendo avaliados
Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 16/03/2020 - 20:44
Brasília
Neblina no Aeroporto Santos Dumont
© (Tânia Rego/Arquivo Agência Brasil)

Afetado pelos cancelamentos de viagens decorrentes novo coronavírus, o setor aéreo receberá medidas de socorro nos próximos dias, informou, há pouco, o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos da Costa. Segundo Costa, reuniões ainda estão sendo feitas com diversos setores para avaliar o impacto da pandemia de Covid-19 sobre a economia.

“Somente com o setor aéreo, estamos na quinta reunião”, disse o secretário. Costa informou que o governo enviou questionários a entidades de vários setores para dimensionar o impacto do coronavírus sobre as atividades.

O secretário especial da Receita Federal, José Barroso Tostes, explicou que o órgão ainda está calculando o impacto das desonerações temporárias dos Impostos sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre 67 produtos necessários para o combate à pandemia e da redução a zero das alíquotas de importação para produtos de uso médico-hospitalar até o fim do ano. Tostes explicou que, como as desonerações foram decididas de última hora, a Receita ainda não avaliou a perda de arrecadação.

Com a redução de impostos, o impacto das medidas emergenciais anunciadas pelo Ministério da Economia pode ser maior que os R$ 147,3 bilhões inicialmente divulgados.

O secretário executivo da pasta, Marcelo Guaranys, informou que o grupo de monitoramento criado para monitorar os impactos da Covid-19 sobre a economia anunciará novas ações em breve. Segundo Guaranys, a primeira fase consistiu em anunciar medidas gerais, antes de entrar nas ações setoriais.

O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, disse que o governo ainda está analisando eventuais socorros temporários a estados, fora do Plano de Promoção do Equilíbrio Fiscal (PEF). O secretário admitiu que diversos estados poderão precisar de ajuda para custear os sistemas locais de saúde e para superarem as perdas de arrecadação, mas a equipe econômica ainda não tomou nenhuma decisão sobre o tema.