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Economia

Governo e agricultores garantem produção de alimentos durante pandemia

As atividades no campo seguirão normalmente, diz Aprosoja
Gabriel Araujo – Repórter da Reuters
Publicado em 18/03/2020 - 16:58
São Paulo
Plantação de Café  na  Embrapa Cerrado
© Valter Campanato/Agência Brasil
Reuters

A produção agrícola do Brasil seguirá normalmente em meio às medidas de combate ao coronavírus, disseram nesta quarta-feira (18) entidades do setor e a ministra da Agricultura, Tereza Cristina.

Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), as medidas aplicadas por governos no combate à doença - como isolamento social- não podem ser absolutas, e a cadeia de produção e comercialização de alimentos deve permanecer sem alterações, assim como os serviços de saúde, uma vez que a demanda não será reduzida pela crise.

"Do contrário, se faltarem alimentos ou se houver irregularidades no abastecimento, a saúde das pessoas será afetada e a própria harmonia social, que tanto precisamos nessa hora, será atingida", disse a CNA em comunicado.

No mesmo tom, a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) também garantiu que as atividades no campo seguirão normalmente, acrescentando ver demanda aquecida por alimentos.

"Outros setores da economia já estão sendo afetados pela epidemia. Mas nós, no campo, não. Os brasileiros podem ficar tranquilos que vamos fazer a nossa parte para manter a economia aquecida", disse em nota o presidente da Aprosoja, Bartolomeu Braz Pereira.

Em evento nesta quarta-feira, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, aprovou a posição das entidades, afirmando que a população deve se manter tranquila em relação ao abastecimento de alimentos.

"O Brasil é um grande celeiro, produtor de alimentos, e não precisamos ter nenhuma expectativa negativa de que não teremos alimentos para nosso povo", disse Tereza, segundo nota divulgada pela pasta.

Já foram confirmados 291 casos de coronavírus no Brasil, segundo o mais recente balanço do Ministério da Saúde. O governo federal solicitou na noite de ontem(17) que o Congresso reconheça o estado de calamidade pública.