Comércio carioca se prepara para pior dia das mães da história
O comércio varejista do município do Rio de Janeiro acredita que o Dia das Mães deste ano, considerada a maior data para vendas do setor depois do Natal, terá o pior desempenho da história. A avaliação é do presidente do Clube dos Diretores Lojistas do Rio (CDL Rio) e do Sindicato dos Lojistas do Comércio do Município do Rio de Janeiro (SindilojasRio), Aldo Gonçalves. As duas entidades representam, juntas, mais de 30 mil lojistas.
Segundo Gonçalves afirmou hoje (7), o comércio carioca está com as lojas fechadas desde o último dia 24 de março devido ao isolamento social decretado para enfrentar a pandemia do novo coronavírus e, dessa forma, enfrenta uma crise sem precedentes, com o risco de os pequenos e médios negócios não conseguirem reabrir as portas. Cada dia parado representa cerca de R$ 405 milhões em perdas de vendas, informou o presidente do CDL Rio e do SindilojasRio.
"Um dos principais pilares da economia do Estado do Rio, o comércio responde por cerca de 10% do PIB fluminense e por mais de 850 mil postos de trabalho. E quando o comércio voltar a funcionar, certamente centenas de lojas não deverão reabrir e milhares de postos de trabalhos serão fechados", apontou Aldo Gonçalves.
Vendas online
Buscando reduzir os prejuízos e garantir o atendimento a clientes para o Dia das Mães, alguns lojistas estão recorrendo a vendas 'online' e enfrentando a concorrência das grandes redes especializadas. De acordo com Gonçalves, no entanto, as vendas não estão compensando o custo da logística.
No ano passado, o Dia das Mães no Rio de Janeiro registrou expansão de 1,7% das vendas, o que frustrou a previsão dos empresários, que esperavam aumento de 3,5%. Em 2019, nenhuma data comemorativa alcançou a expectativa que o comércio do Rio tinha, acrescentou a assessoria do CDL Rio.