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Economia

Covid-19: prefeitos de Miami e Los Angeles falam a prefeitos do Brasil

Eles foram convidados a falar sobre efeitos da crise em evento online
Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 27/05/2020 - 17:00
Brasília
Movimento no Viaduto do Chá em São Paulo durante a quarentena
© 24.03.2020/Arquivo/Rovena Rosa/Agência Brasil

Convidados pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP) para um debate online sobre estratégias de mitigação de crises diante da pandemia do novo coronavírus, dois prefeitos norte-americanos falaram hoje (27) sobre as estratégias de mitigação adotadas pelas cidades de Miami e Los Angeles para lidar com o problema.

Em comum, a avaliação de que se as medidas para evitar a propagação do vírus causador da covid-19 não forem implementadas de forma correta agora, no futuro as restrições poderão ser ainda maiores.

Vice-prefeito de Segurança de Los Angeles, Jeff Gorell disse que o fato de enfrentar problemas como incêndios florestais e de o risco de terremotos ser uma constante, devido à falha sísmica situada na região, faz com que, tanto as autoridades como a população de Los Angeles, vivam um ambiente de “respeito aos protocolos”.

“Em todas essas situações quem tem poder é o povo. E agora é necessário que ele novamente abrace essa cultura, usando máscara e evitando aglomerações. Quanto antes fizermos isso, será o quanto antes vamos poder abrir nosso comércio. Se isso não for feito, provavelmente teremos de voltar a restrições mais severas”, disse Gorell.

“Muitas pessoas às vezes se esquecem da gravidade da situação. E o ponto é: se não der certo teremos de voltar às restrições”, acrescentou.

Segundo o prefeito de Miami, Francis Suarez, muitas das críticas feitas ao isolamento social são feitas por “pessoas que olham para trás sem entender o quanto as medidas já adotadas preveniram a propagação do vírus”, disse.

Na avaliação dele, a saída do isolamento precisa considerar uma série de variáveis, categorizando por riscos os diferentes negócios. “Minha esperança vai na direção de que continuemos mobilizados de forma a evitar o lockdown, o que seria muito mais danoso para nossa economia”, disse.