Governo projeta queda de 4,7% na economia este ano
![Marcello Casal JrAgência Brasil Moeda Nacional, Real, Dinheiro, notas de real,Cédulas do real](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia projeta queda de 4,7% da economia neste ano, devido aos efeitos da pandemia da covid-19.
Em janeiro, o ministério previa crescimento de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.
Em março, início da crise gerada pelo coronavírus, a previsão era de estabilidade (0,02%). Os números foram divulgados hoje (13), em Brasília, no Boletim MacroFiscal.
“Provavelmente, a retração do PIB neste ano será a maior de nossa história. Não obstante, é fato que o efeito dessa doença aflige a grande maioria dos países. Conforme as projeções dos analistas econômicos, a queda na atividade será uma das maiores para muitos países desenvolvidos e emergentes no período pós-guerra. Desta maneira, a paralisação das atividades, deterioração do emprego e a piora no cenário internacional promoveram redução na projeção do crescimento brasileiro de 2020 para -4,7%, que anteriormente era de 0,0% - valor presente na Grade de Parâmetros de março de 2020”, disse a publicação.
Para 2021, a previsão é que o PIB cresça 3,2%, ante a previsão anterior de 3,3%. Em 2022, a expectativa é de expansão de 2,6% e, em 2023 e 2024, 2,5% em cada ano.
Ouça na Radioagência Nacional
Distanciamento social
O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, disse que se as políticas de distanciamento social continuarem após o final de maio, o resultado do PIB será pior. “A cada semana que [se] aplica o distanciamento social, aumenta a probabilidade de falência de empresas, aumenta o desemprego e afeta a velocidade de retomada da economia”, disse.
Entretanto, ele disse que o Ministério da Economia não critica as medidas de isolamento social, mas apenas precisa considerá-las para fazer as projeções e deixar claro o custo das decisões. “O Ministério da Economia não se manifesta sobre quarentena. Respeitamos as autoridades que a determinam. Todos querem salvar vidas e estão fazendo o melhor nesse sentido”, disse Sachsida.
O subsecretário de Política Macroeconômica do Ministério da Economia, Vladimir Kuhl Teles, disse que a cada 14 dias a mais de isolamento social, o PIB cai 0,7 ponto percentual, com perdas de faturamento de R$ 20 bilhões do setor produtivo, por semana. Ele acrescentou que se o isolamento durar até o fim de junho, a queda do PIB será superior a 6%.
Medidas de enfrentamento à crise
O secretário de Fazenda, Waldery Rodrigues, disse que os gastos com medidas de enfrentamento da crise econômica gerada pela covid-19, como o auxílio emergencial, não serão permanentes. “Essa crise grave que o mundo todo enfrenta tem início, meio e fim. Portanto, desenhamos as medidas para que sejam contidas em 2020 e tenham caráter de transitoriedade. Buscamos as medidas que têm maior efetividade em termos de suporte aos mais vulneráveis e manutenção do emprego”, afirmou.
Os secretários destacaram que quando a crise passar será preciso investimentos privados para estimular a retomada econômica. Para Sachsida, será necessária uma agenda pró-mercado.
Inflação
A previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA - a inflação oficial do país) é 1,77% neste ano, e 3,3% em 2021.
Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) a estimativa é de 2,45%, em 2020, e de 3,50% em 2021.
No caso do Índice Geral de Preços–Disponibilidade Interna (IGP-DI), a expectativa de variação é 4,49%, neste ano, e 4% em 2021.
![Reuters Egyptian volunteers gather and celebrate with a Palestinian flag next to trucks carrying humanitarian aid from Egyptian NGOs driving through the Rafah crossing from the Egyptian side, amid the ongoing conflict between Israel and the Palestinian Islamist group Hamas, in Rafah, Egypt October 21, 2023. REUTERS/Stringer TPX IMAGES OF THE DAY](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Rio de Janeiro - No novo trecho da ciclovia – que passa por Cosme Velho, Laranjeiras Flamengo e Botafogo – ciclistas dividem espaço com ônibus, carros, motos e pedestres (Tânia Rêgo/Agência Brasil)](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)