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Economia

Dólar cai para R$ 5,22 e fecha no menor valor em quase quatro meses

Bolsa ultrapassa 122 mil pontos e encerra no maior nível desde janeiro
Welton Máximo - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 07/05/2021 - 19:08
Brasília
dólar
© REUTERS/Rick Wilking/Proibida reprodução

Influenciado pelo otimismo doméstico e externo, o dólar teve nesta sexta-feira (7) mais um dia de queda e encerrou a sexta semana seguida de recuo. A Bolsa de Valores registrou a terceira alta seguida e aproxima-se do recorde registrado no início do ano.

O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,229, com recuo de R$ 0,049 (-0,93%). A cotação chegou a iniciar o dia em alta, subindo para R$ 5,29 por volta das 9h20, mas começou a cair ainda durante a manhã. Na mínima do dia, por volta das 12h, atingiu R$ 5,20.

A moeda norte-americana está no menor valor desde 14 de janeiro, quando tinha fechado a R$ 5,21. A divisa recuou 3,75% na primeira semana de maio e, com o desempenho de hoje, acumula valorização de apenas 0,77% em 2021.

O dia também foi marcado pela euforia no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou a sexta-feira aos 122.038 pontos, com alta de 1,77%. Além de influenciado pelo desempenho do mercado externo, o indicador foi beneficiado pela valorização das commodities (bens primários com cotação internacional) e pela divulgação de balanços de empresas que apontaram que as companhias com ações na bolsa estão se recuperando da pandemia de covid-19.

Mais dois fatores contribuíram para o otimismo no mercado financeiro. O primeiro foi a indicação do Banco Central de que deverá aumentar a taxa Selic (juros básicos da economia) para 4,25% ao ano na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em junho. Taxas mais altas tornam o Brasil mais atrativo para capitais estrangeiros, diminuindo a pressão sobre o dólar.

O segundo fator foi a divulgação de que os dados de emprego nos Estados Unidos divulgados hoje. Os indicadores vieram menores que o esperado, diminuindo as expectativas de que o Federal Reserve (Banco Central norte-americano) aumente os juros da maior economia do planeta antes do esperado.

* Com informações da Reuters