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Economia

Bolsa fecha no menor nível desde maio em dia tenso no mercado

Dólar encostou em R$ 5,30, mas encerrou em leve baixa
Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil*
Publicado em 17/08/2021 - 18:58
Brasília
Ibovespa, bolsa de valores
© Reuters/Paulo Whitaker/Direitos Reservados

Em mais um dia de tensão no mercado doméstico e externo, a bolsa de valores voltou a cair e fechou no menor nível em mais de quatro meses. O dólar alternou altas e quedas, mas encerrou em leve baixa após encostar em R$ 5,30 durante a tarde.

O índice Ibovespa, da B3, encerrou esta terça-feira (17) aos 117.904 pontos, com queda de 1,07%. O indicador chegou a cair 2,42% no pior momento da sessão, por volta das 14h50, mas amenizou a queda perto do fim das negociações.

Esse foi o segundo dia seguido de recuo no Ibovespa, que está no menor nível desde 4 de maio. Com o desempenho de hoje, o índice passou a registrar perda em 2021, com queda acumulada de 0,93% no ano.

O mercado de câmbio teve desempenho menos turbulento. O dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 5,27, com queda de R$ 0,011 (-0,2%). A cotação chegou a cair para R$ 5,24 por volta das 12h30, mas subiu para R$ 5,30 por volta das 15h. Perto do fim da sessão, a divisa desacelerou após declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano), Jerome Powell.

O dia foi marcado pelo pessimismo no mercado global e local. No exterior, a queda de 1,1% nas vendas no varejo nos Estados Unidos em julho surpreendeu os investidores. Isso um dia após a divulgação de que a indústria e o comércio da China desaceleraram no mês passado.

O desempenho dos indicadores internacionais aumentou os temores de que a expansão da variante delta do novo coronavírus atrase a recuperação da economia global. O mercado global só se acalmou após o presidente do Fed afirmar que os efeitos da variante sobre a economia norte-americana ainda não estão claros.

No Brasil, a falta de acordo para a votação da reforma do Imposto de Renda piorou o cenário, principalmente após o anúncio de um acordo para aumentar os repasses do Fundo de Participação dos Municípios. Isso porque os investidores temem a perda de arrecadação do governo federal.

* Com informações da Reuters