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Economia

Ipea estima recuperação do comércio, indústria e serviços em fevereiro

Cenário para a indústria no mês de fevereiro era o mais desafiador
Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 30/03/2022 - 13:32
Rio de Janeiro
Produção de peças para veículos
 15/12/2016 REUTERS/Jorge Adorno
© REUTERS/Jorge Adorno/Proibida reprodução

Após novo pico de casos de covid-19 em janeiro, o mês de fevereiro teve recuperação da atividade econômica na indústria, comércio e serviços em relação a janeiro, estima análise divulgada hoje (30) pelo Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea). Os dados oficiais do desempenho da economia ainda não foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

O Ipea aponta que o cenário para a indústria no mês de fevereiro era o mais desafiador. Entre as razões, estão problemas relacionados às cadeias produtivas globais e aos custos elevados dos fretes internacionais. Além disso, o preço da energia elétrica continua elevado, e o valor do petróleo sofreu impacto da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, importantes exportadores no mercado de óleo e gás.

Mesmo com esse cenário, a Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac) do Ipea estima que houve crescimento de 1,4% na produção industrial em fevereiro, na comparação com janeiro. Já em relação a fevereiro de 2021, foi projetada queda de 3,1%. 

Os pesquisadores do instituto avaliam que as indústrias extrativas tiveram contribuição positiva em fevereiro, com crescimento previsto de 7,5%. Já a indústria de transformação deve registrar alta de 0,8%.

Diferentemente da indústria, que chegou a ter queda de 2,4% em janeiro de 2022, o setor de serviços se manteve estável mesmo durante o pico causado pela variante Ômicron, e a projeção para fevereiro é a de alta de 1,5% ante janeiro. 

O setor de comércio também deve ter registrado alta na atividade em fevereiro, segundo o Ipea, que estima que o crescimento pode ter sido de 1,3%, quando são consideradas também as vendas de automóveis e materiais de construção. Ao excluir esses dois grupos, a projeção passa a ser de alta de 1,2%.