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Economia

Dólar cai para R$ 5,34 na véspera de decisão sobre juros nos EUA

Bolsa de valores tem queda de 0,5% em dia de realização de lucros
Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil*
Publicado em 26/07/2022 - 19:19
Brasília
dólar
© REUTERS/Mike Segar/Diretos reservados

Na véspera da decisão do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) sobre os juros nos Estados Unidos, o dólar caiu pelo segundo dia seguido. A bolsa de valores iniciou o dia em alta, mas terminou em baixa, motivada pela queda nas bolsas norte-americanas e pela realização de lucros, quando investidores vendem ações para embolsar lucros recentes.

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (26) vendido a R$ 5,349, com recuo de R$ 0,021 (-0,38%). A cotação teve um dia volátil, alternando altas e baixas ao longo da sessão, mas firmou a tendência de queda perto do fim das negociações.

Com o desempenho de hoje, o dólar acumula alta de 2,18% em julho e queda de 4,07% em 2022.

O dia também foi de volatilidade no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 99.772 pontos, com recuo de 0,5%. Ontem (25), o indicador tinha fechado acima de 100 mil pontos pela primeira vez em três semanas, o que estimulou os investidores a venderem ações para embolsar ganhos após as altas dos últimos dias. Dos últimos oito pregões, a bolsa só caiu hoje e na última sexta-feira (24).

O mercado financeiro global está à espera da reunião do Fed, que começou hoje e acaba amanhã (27). O Banco Central dos Estados Unidos deverá aumentar os juros básicos em 0,75 ponto percentual para segurar a inflação, que está no maior nível nos últimos 41 anos no país.

A expectativa de que a economia norte-americana entre em recessão levou o dólar cair nos últimos dias. Isso porque os investidores passaram a acreditar que o Fed começará a reduzir os juros em 2023, o que empurraria para baixo a cotação da moeda norte-americana no mercado futuro. Em contrapartida, a expectativa de recessão nos Estados Unidos tem empurrado para baixo as bolsas norte-americanas, o que se reflete nas bolsas de todo o planeta.

*Com informações da Reuters