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Economia

ApexBrasil lança projeto para promover exportações de farelo de milho

Estratégia visa contribuir para sustentabilidade ambiental global
Daniella Almeida – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 10/07/2023 - 17:35
Brasília
Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), do governo federal, e a União Nacional do Etanol de Milho (Unem) lançaram, nesta segunda-feira (10), em Sorriso (MT), o Projeto Setorial de Promoção das Exportações de Farelo de Milho DDG/DDGS 2023-2025. Foto: ApexBrasil/ Divulgação
© ApexBrasil/ Divulgação

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e a União Nacional do Etanol de Milho (Unem) lançaram, nesta segunda-feira (10), em Sorriso, Mato Grosso, o Projeto Setorial de Promoção das Exportações de Farelo de Milho DDG/DDGS 2023-2025.  

Os DDGS/DDG (dried distillers frains ou grãos secos de destilaria) são gerados a partir da produção do etanol do milho e são fontes de nutrientes para alimentação de ruminantes, suínos, aves, peixes e camarão. 

O projeto anunciado faz parte da estratégia do Brasil de promover o etanol como alternativa energética e contribuir para a sustentabilidade ambiental global. A parceria de dois anos entre a ApexBrasil e a Unem pretende também agregar valor às exportações do agronegócio e aumentar a oferta de farelo de milho para nutrição animal, como resultado da produção de etanol de milho, cultivado na segunda safra do grão. A safrinha é plantada após a colheita da safra principal, na mesma área, dentro do mesmo ano agrícola. 

O projeto lançado nesta segunda-feira teve apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária. No evento, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, declarou que a medida anunciada demonstra o potencial de expansão do setor agropecuário do país. “A agropecuária brasileira, que já é gigante, tem competência para continuar crescendo e se desenvolvendo além das fronteiras brasileiras. Nós produzimos energia renovável e sustentável e podemos produzir muito mais, dentro de um ciclo de aproveitamento da produção”. 

De acordo com a ApexBrasil, a crescente disponibilidade do farelo de milho DDG/DDGS leva à redução de preço, tornando-o uma alternativa mais atrativa em relação a outras fontes proteicas.  

O presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, destacou que, além de contribuir com uma opção eficiente na alimentação animal global, o Brasil fortalece a cadeia produtiva do etanol. "O Brasil vive um momento extraordinário com o retorno da diplomacia presidencial trazida pelo presidente Lula. A ApexBrasil tem buscado valorizar os produtos brasileiros, apostando na inovação.” 

O ministro Carlos Fávaro concordou com Jorge Viana e disse que o governo está reconstruindo pontes diplomáticas para aumentar as exportações, entre outros produtos, da proteína animal. “O presidente Lula viaja pelo mundo como um grande embaixador, abrindo oportunidades. E nós estamos atrás, costurando essas oportunidades. Ampliamos o mercado de vários segmentos [do agronegócio] ao reconstruir essa diplomacia [...]. Estamos andando juntos pelo mundo para trazer oportunidades para cá”. 

O presidente executivo da Unem, Guilherme Nolasco, disse que, com a parceria, um setor novo se organiza para uma agenda de promoção, fomento e comércio internacional que vai gerar valor a toda uma cadeia de negócios, desde a produção de grão, proteínas e floresta plantada até a geração de renda e arrecadação de impostos”. 

Milho

Atualmente, o Brasil é o terceiro maior produtor de milho do mundo, atrás apenas da China (2º) e dos Estados Unidos (1º). Cerca de 10% dos grãos são destinados à produção de etanol, que é realizada com o milho de segunda safra.   

De acordo com o último Levantamento da Safra de Grãos divulgado em junho pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a prodição de milho será recorde na safra 2022/2023. A estimativa é colher 125,7 milhões de toneladas do grão, somadas as três safras do cereal, ao longo do ciclo. 

Para a atual safra, a estimativa de produção brasileira é de 3 milhões de toneladas de DDG/DDGS, e as projeções indicam que até 2031/2032, o chegará a aproximadamente 6,5 milhões de toneladas.