Universidades se preparam para receber alunos da Gama Filho e UniverCidade
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As regras do governo destinadas a selecionar as instituições de ensino superior interessadas em receber estudantes da Universidade Gama Filho e da UniverCidade foram avaliados de forma positiva pela vice-presidente da Associação Nacional das Universidades Particulares (Anup), Elizabeth Guedes. As duas instituições do Grupo Galileo foram descredenciadas pelo Ministério da Educação, e as normas foram publicadas em edição extra do Diário Oficial da União de ontem (23).
Para Elizabeth, os editais foram bem estruturados e devem dar agilidade à absorção dos alunos, impedindo que eles percam o primeiro semestre de aulas. “Os alunos não podem perder mais e queremos interromper isso o mais rápido possível e colocá-los em sala de aula”, disse.
A vice-presidente da Anup avalia que haverá um processo satisfatório de absorção de professores e funcionários das instituições descredenciadas por aquelas que receberão os estudantes transferidos. “Não será possível aproveitar 100% de funcionários e professores, até porque a Gama Filho estava em um processo de demissão contida; estava sem recursos para demissões, e deve existir servidores além do necessário”, disse.
Ela informou que várias universidades estão interessadas em participar do processo, e disse que, para receber 17,2 mil estudantes, terão que fazer investimentos em infraestrutura e pessoal, o que será decisivo para determinar a quantidade de instituições capacidatas para apresentar propostas. O cenário deve ficar melhor definido após reunião marcada para a próxima segunda-feira (27), no MEC, quando os editais serão debatidos, avalia Elizabeth Guedes.
Segundo o assessor do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular, Sólon Caldas, as instituições privadas querem ajudar a resolver o problema, para que os estudantes não sejam prejudicados e possam retomar os estudos em cursos de qualidade. "Estamos interessados em resolver o problema. Sabemos que o descredenciamento foi uma decisão extrema, e que o MEC não tinha opção".
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