Bolsistas do Ciência sem Fronteiras trocam experiências
Um grupo de estudantes do Ciência sem Fronteiras, que irá embarcar para os Estados Unidos nos próximos dias, se reuniu hoje (26), em Brasília, com bolsistas do programa que já retornaram dos estudos no exterior para trocar experiências. São 2,5 mil os estudantes que estão indo para os Estados Unidos.
O estudante Vinícius Santana dos Santos estudou engenharia mecânica em Cingapura durante um ano e três meses e conta que veio dizer aos novos bolsistas que aproveitem todas as oportunidades. “Sugiro que sejam proativos, pois esse é o perfil das universidades lá fora. Corram atrás de oportunidades, façam novas amizades, estudem novas línguas. A melhor dica é estar ocupado 24 horas por dia, conhecendo novos projetos. Minha experiência lá foi incrível e tive a oportunidade de vivenciar um ambiente de altíssima qualidade acadêmica e de empreendedorismo”, disse.
O ministro da Educação, Henrique Paim, recepcionou os estudantes que, nos próximos dias, viajam para iniciar os estudos. Após o encontro, ele fez um balanço do programa. “O balanço é bastante positivo, temos mais de 60 mil bolsas concedidas e agora chegaremos a 80 mil, com a nova leva de 18 mil bolsas concedidas. Estamos muito próximos de atingir nossa meta de 101 mil bolsas”, disse. “Com isso, o programa vem cumprindo seu papel e isso vai ajudar que o Brasil cresça mais, se desenvolva a partir da educação, da pesquisa”, acrescentou.
O Ciência sem Fronteiras já selecionou mais 18 mil estudantes que, a partir do segundo semestre de 2014, embarcam para estudar em diversos países. Esses estudantes foram selecionados a partir dos editais lançados em outubro de 2013.
O presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Jorge Almeida Guimarães, disse que o domínio da língua inglesa não será um problema para os próximos bolsistas. “Temos o My English Online, com mais de 500 mil inscritos. Também oferecemos o teste e o inglês presencial. Temos 120 professores americanos nas universidades ensinando inglês. Então, não vamos mais precisar mandar estudantes que não tenham proficiência em língua inglesa. O problema que tivemos foi muito pontual com os 9 mil que foram para Portugal e depois aceitaram ir para outros países”, disse.
O Ciência sem Fronteiras foi lançado em 2011 pelo governo federal com a meta de conceder 101 mil bolsas. Pode concorrer às bolsas de graduação quem fez o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e teve nota igual ou superior a 600 pontos. É necessário ainda ter domínio da língua inglesa e bom desempenho acadêmico. A bolsa cobre despesas do estudante no exterior como alojamento, alimentação e gastos com material didático. O governo custeia também as passagens aéreas.