Servidores da educação fazem manifestação e negociam reajuste com o governo
Com uma agenda de dois dias de manifestação na Esplanada dos Ministérios, servidores públicos federais da área de educação fizeram hoje (6) mais um ato em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, reivindicando reajuste nos salários e nos benefícios da categoria.
Representantes da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) reuniram-se durante uma hora com o secretário de Relações de Trabalho no Serviço Público, Sérgio Mendonça, e chegaram a bloquear a entrada dos funcionários no prédio do ministério, onde se manifestavam desde a madrugada.
"Nossa intenção, ao radicalizar o movimento, foi conseguir unir o Ministério do Planejamento e o Ministério da Educação para discutirmos, todos juntos, pontos econômicos da pauta da categoria", disse o coordenador-geral da Fasubra, Rogério Marzola.
Ainda que considere a promessa de discussão conjunta entre os órgãos e os movimentos sindicais uma vitória, Rogério ressaltou que isso "não é solução" e que pontos centrais da pauta reivindicatória ainda não foram contempladas, como o reajuste de 27% no salário dos servidores. O governo havia proposto reajuste de 21,3%.
Por meio da assessoria de imprensa, o Ministério do Planejamento confirmou a presença da Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento na reunião com o MEC, amanhã às 11h, mas acrescentou que ainda não há "definição nas demais exigências" dos servidores e também que as negociações continuam.
Diversas entidades participaram da manifestação de hoje, reunindo cerca de 2 mil pessoas, de acordo com a Polícia Militar. Integrantes da União Nacional dos Estudantes (UNE) também manifestaram apoio à greve dos funcionários das universidades federais do país.
Três faixas da pista que corre ao longo da Esplanada dos Ministérios foram fechadas por policiais do Batalhão de Trânsito da Polícia Militar.