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Educação

Estudantes ocupam Colégio de Aplicação da Uerj para exigir melhorias

Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 19/05/2016 - 17:44
Rio de Janeiro

O Colégio de Aplicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, CAP-Uerj, foi ocupado na noite de ontem (18) por um grupo de  20 estudantes que dormiu no acampamento montado na instituição, localizada  no Rio Comprido, zona norte da cidade.

O objetivo é chamar a atenção para a pauta de reivindicações, que inclui merenda gratuita, melhorias na infraestrutura e passe livre irrestrito. Aluna do terceiro ano, Laura Silva explica que, entre as intervenções, é preciso tornar o colégio acessível. Ela informou que os alunos estão se organizando para realizar uma grande mobilização na próxima segunda-feira e todas as atividades serão divulgadas na página da ocupação no Facebook.


Segundo a aluna, “Aqui não tem acessibilidade nenhuma, são só escadas; não tem elevador funcionando e os alunos que têm deficiência têm que ser carregados pelos inspetores. A infraestrutura é péssima, visualmente também: tem pilastras no meio da sala. Isso dificulta muito a aula, são pequenas, tem poucas salas grandes que cabem todos os alunos, falta mesa, falta cadeira, tem cadeira e mesa quebrada”.

Nesta quinta-feira, os alunos se reuniram com os responsáveis para discutir o movimento e esclarecer as intenções da ocupação. A estudante Gabriela Muzze, também do terceiro ano, explicou que a mobilização conta com a ajuda de doações, além do apoio de alguns pais, professores e da própria direção da unidade.

“A gente dividiu em uma sala para menino, uma sala para menina e uma sala para os pertences. Temos até colchão inflável que a gente recebeu de doação de pais, professores e de pessoas de outras ocupações que já acabaram”.

A Uerj informou que ainda não tem uma posição a respeito da ocupação e deve se manifestar em breve. Os professores da instituição, em greve desde o dia 7 de março, aprovaram em assembleia na terça-feira (17) uma moção de apoio à ocupação pelos estudantes.

*Colaborou Lígia Souto, repórter do Radiojornalismo