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Educação

Covid-19: governo de SP adia volta às aulas para 8 de fevereiro

Colégios particulares poderão abrir a partir de 1º de fevereiro
Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 22/01/2021 - 17:11
São Paulo
Criança levanta a mão ao lado de outros alunos em sala de aula da escola Thomaz Rodrigues Alckmin, no primeiro dia de retorno das escolas do estado de São Paulo para atividades extracurriculares em meio ao surto de coronavírus (COVID-19) em São
© REUTERS / Amanda Perobelli/direitos reservados

A volta às aulas na rede pública estadual de São Paulo foi adiada para 8 de fevereiro. O anúncio foi feito hoje (22) pelo governo do estado. As escolas particulares, no entanto, poderão abrir já a partir de 1º de fevereiro.

A decisão sobre o retorno das aulas caberá a cada um dos 645 prefeitos do estado. Eles podem, por exemplo, adiar ainda mais o reinício das aulas.

Além disso, foi suspensa a obrigatoriedade da presença dos alunos nas salas de aula enquanto o estado estiver nas fases 1-Vermelha ou 2-Laranja, as mais restritivas do Plano São Paulo.

Isso altera o que estava previsto na deliberação do Conselho Estadual da Educação, homologada esta semana, sobre a obrigatoriedade de que pelo menos um terço das aulas deveriam ser cursadas em formato presencial. Agora, essa obrigatoriedade se aplica somente às fases 3-Amarela e 4-Verde.

Alunos vulneráveis

Apesar desse adiamento, as escolas estarão abertas – a partir do dia 1º de fevereiro – para receber os alunos mais vulneráveis. Essa primeira semana, segundo o governo paulista, vai ser dedicada à formação dos professores e à comunicação com as famílias sobre como funcionarão os protocolos de retorno.

Os protocolos para a retomada vão ser mantidos. Por meio de um decreto publicado em dezembro, as escolas de educação básica (do ensino infantil ao médio) poderão receber até 35% dos alunos matriculados, mesmo que estejam localizadas em regiões da Fase 1-Vermelha do Plano São Paulo, onde só os serviços considerados essenciais podem funcionar. 

Se elas estiverem em regiões da Fase 3-Amarela, poderão atender a até 70% dos estudantes matriculados. Já na Fase 4-Verde do Plano São Paulo, poderão receber a totalidade dos alunos. Em quaisquer situações, os protocolos sanitários deverão ser seguidos. No caso do ensino superior, as instituições de ensino só poderão receber alunos quando a região onde estiverem localizadas estiverem, no mínimo, na Fase 3-Amarela.

Essas medidas foram tomadas no momento em que o estado vê a pandemia crescendo de forma rápida e intensa. O Centro de Contingência de São Paulo previu que, caso não sejam tomadas medidas que restrinjam a circulação de pessoas, o estado poderia ter um esgotamento dos seus leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) em menos de um mês.

Hoje, o governo paulista anunciou mudanças no Plano São Paulo, que prevê a retomada econômica no estado. Com isso, sete regiões paulistas entraram na Fase 1-Vermelha, em que somente os serviços considerados essenciais podem ser abertos. 

O restante do estado ficou na Fase 2-Laranja, em que o consumo local em bares é proibido e em que academias, salões de beleza, restaurantes, cinemas, teatros, shoppings, concessionárias, escritórios e parques estaduais podem funcionar por oito horas diárias, com atendimento presencial limitado a 40% e encerramento às 20h. 

Além disso, o governo anunciou que vai vigorar a Fase Vermelha em todo o estado nos fins de semana e feriados e a partir das 20h nos dias úteis. A medida valerá a partir de segunda-feira (25) até o dia 7 de fevereiro.