Brasil participa de estudo internacional de avaliação de leitura
Começa hoje (23) a aplicação do Estudo Internacional de Progresso em Leitura (PIRLS), que avalia a capacidade dos estudantes de ler, de escrever, de compreender e de interpretar o que é lido. É a primeira vez que brasileiros vão participar desse teste que avalia o nível de leitura em diversas partes do mundo até o dia 3 de dezembro.
De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), cerca de 6,3 mil estudantes do 4º ano do ensino fundamental de 193 escolas (públicas e privadas) de todas as regiões do Brasil responderão a provas e questionários.
O estudo é aplicado a cada cinco anos pela International Association for the Evaluation of Educational Achievement (IEA), cooperativa internacional de instituições de pesquisa, acadêmicos e analistas que trabalham para avaliar, entender e melhorar a educação em todo o mundo.
O teste avalia habilidades de leitura dos estudantes do 4º ano do ensino fundamental, “com o objetivo de analisar tendências de compreensão leitora, além de coletar informações sobre os contextos de aprendizagem, para caracterizar o processo de leitura dos estudantes avaliados nos países que participam do estudo”.
Na avaliação dos organizadores, é nessa etapa da escolarização que se vivencia um importante estágio de transição no desenvolvimento da autonomia nas habilidades da leitura, com os estudantes superando a etapa do “aprender a ler”, passando a utilizar a leitura para aprender.
A avaliação contempla dois eixos: a experiência literária e a aquisição e uso da informação. Para tanto, considera fatores contextuais que podem influenciar o desempenho de leitura, mediante a aplicação de questionários aos estudantes, professores, diretores e pais ou responsáveis.
A avaliação ocorrerá em uma amostra de escolas (públicas e privadas) distribuídas por todo o território nacional. Os resultados não serão divulgados de forma individual, uma vez que o objetivo é avaliar a leitura e a compreensão de textos dos estudantes a nível amostral e, a partir disso, possibilitar um diagnóstico, inclusive em termos comparativos, entre os 68 países ou regiões administrativas especiais participantes.