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Educação

SP: sala de alfabetização com mais de 30 alunos terá dois professores

Medida foi anunciada pelo secretário de educação, Rossieli Soares
Elaine Patricia Cruz – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 09/02/2022 - 16:27
São Paulo
Alunos da Escola Municipal Senador Corrêa, na zona sul da cidade, voltam às aulas. Sob novos protocolos, redes municipal e estadual retomam hoje(07) ensino presencial.
© Tânia Rêgo/Agência Brasil

As salas de aula do 1º ano do ensino fundamental da rede pública do estado de São Paulo que tiverem mais de 30 alunos vão ter dois professores. O anúncio foi feito hoje (9), em entrevista coletiva, pelo secretário estadual da educação, Rossieli Soares.

A decisão foi tomada após a secretaria decidir colocar mais de 30 alunos por sala para tentar atender às crianças que não conseguiram ser matriculadas na rede pública e estão hoje em uma fila de espera. 

"Nós temos algumas escolas em que o limite de módulo era de 30 alunos e passou a ter 33, por exemplo. Nestes casos, para atender e manter a qualidade, a secretaria pela primeira vez contratará professores extras. Essas turmas passarão a ter dois professores na sala de aula, trazendo a razão de acompanhamento pedagógico para um número muito mais benéfico ainda para os nossos estudantes", disse Soares.

“Para apoiar a alfabetização nesses casos, por conta do aumento do módulo, vamos contratar um professor a mais para a sala de aula, passando essa turma a ter um suporte pedagógico ainda maior”, acrescentou.

Segundo o secretário de Educação, se houver necessidade, o governo de São Paulo pode inclusive buscar novas vagas na rede particular. "Todas as medidas serão feitas e não deixaremos as crianças sem escolas. É uma demanda importante para essas crianças e não deixará de ser atendida. E, se for necessário, inclusive, ir atrás de vagas na rede privada para termos atendimento, nós faremos isso", afirmou.

Impacto da pandemia

Ontem, o Ministério Público estadual se reuniu com as secretarias de Educação estadual e municipal de São Paulo e com a Defensoria Pública para tratar a questão.

Segundo o governo, a demanda aumentou neste último ano por causa dos impactos da pandemia de covid-19. Com a crise econômica causada pelo surto sanitário, muitos pais não conseguiram manter os custos da escola privada e passaram seus filhos para a rede pública.

Ao Ministério Público, o governo informou que já conseguiu atender parte das 5.040 crianças que estavam aguardando para serem matriculadas. Hoje, a fila de espera por uma vaga conta com 2.614 alunos. A previsão é que todos sejam atendidas até o dia 20 de fevereiro.

“Aqui em São Paulo, nenhuma criança ficará fora da escola. Até 20 de fevereiro, todas as matrículas serão atendidas”, disse hoje o governador de São Paulo, João Doria. “O governo do estado e a prefeitura se mobilizaram e estão viabilizando mais vagas para o atendimento pleno da demanda por matrículas na rede pública de ensino.”

Até esta quarta-feira, a rede pública estadual registrou 72.252 matrículas para o 1º ano do ensino fundamental na capital, com 6.586 alunos a mais que em 2021. Nas escolas públicas municipais, o atendimento passou para 49.428 crianças em 2022, o que equivale a 5.512 alunos do 1º ano a mais que no ano passado.